Perfil e recursos são decisivos na escolha

Empreendedor precisa estudar o mercado, conhecer as aptidões pessoais e ver quanto ele possui para investir

Escrito por Redação ,

Abrir uma franquia é coisa séria. É preciso estar decidido e realizar previamente um estudo para viabilizar o negócio. Assim como em qualquer área comercial, existem riscos e é preciso estar atento e preparado para minimizar os aborrecimentos. Em geral, franquias envolvem o uso de economias pessoais e o sonho em ser dono do próprio negócio, mas é muito mais do que isso e haverá uma relação entre franquia e franqueado que envolverá direitos e deveres. É preciso estar preparado.

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A diretora da consultoria Vecchi Ancona, Ana Vecchi, analisa que o setor de franquias continua crescente neste momento de crise política e econômica por consequência do aumento do desemprego, que apresenta números avassaladores. Com isso, a franquia passa a ser uma opção de investimento. "As pessoas veem a garantia de um futuro promissor e acham que estão comprando um emprego", diz.

Realmente, a franquia tem uma taxa de sucesso acima de negócios independentes. "O fato de uma pessoa ter trabalhado a vida toda numa área não significa que ela está preparada para ter o seu negócio", orienta. E, em sua visão, a franquia minimiza os riscos de insucesso. "É papel do franqueador prestar todo suporte necessário para o franqueado gerar e nutrir o negócio", informa, acrescentando que o Ceará tem um bom potencial para este mercado.

De acordo com o diretor geral da HM Varejo Franchising, Hamilton Marcondes, há dois pontos importantes. O primeiro é identificar se o perfil da pessoa se enquadra para ter uma franquia e em quais as áreas. "Se tiver afinidade zero com alimentação, não pode ter atividades relacionadas à comida. A pessoa deve descobrir se tem afinidade e o franqueador vai determinar se, na prática, realmente a pessoa tem", explica. O segundo aspecto a ser considera é o dinheiro. "Não pode se endividar para ter o negócio", alerta.

Estudo de mercado

Os diretores concordam que é necessário muita pesquisa e estudo sobre o mercado. Para facilitar esta busca, existem guias especializados com informações que vão do investimento inicial ao tempo de retorno, além das feiras que ocorrem no País. Passada a pré-análise e iniciados os contatos com a franquia escolhida, é indispensável o contato com outros franqueados para entender a dinâmica do negócio e confirmar se a empresa cumpre com as obrigações. E, ainda, contatar ex-franqueados para saber o motivo do desligamento. Existe um documento chamado Primeira Circular de Oferta de Franquia que traz os principais dados a serem analisados.

Após ter escolhido a franquia, Marcondes ressalta que vem muitas atividades. "É preciso ter a certeza que vai trabalhar muito, especialmente se o ponto escolhido for em shopping", diz. E é necessário contratar e manter uma boa equipe, treiná-los constantemente, ter uma boa imagem, atender bem, para que possa vender mais e faturar mais. E, ainda cobrar do franqueador as ações que estão em contrato.

É tendência neste universo que o franqueador se torne um multifranqueador. Isto acaba sendo lucrativo, pois otimiza produtos, equipes de gerentes e supervisores, entre outros aspectos. Se correr tudo bem na primeira loja, é possível ter uma segunda unidade.

Oportunidades no Estado

Marcondes trabalha de Salvador a Manaus e observa que a capital baiana está um pouco à frente de Fortaleza neste mercado. "No Ceará, está crescendo o número de shoppings e o mercado não tem problemas. Na crise, se alguém for montar alguma empresa, tem que ser franquia, não dá para se arriscar individualmente", considera. Para ele, o Ceará tem muitas franquias, mas elas estão concentradas na Capital. "Isso é uma grande chance para outras regiões no Estado", sinaliza. 

sda

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