'Não contamos com crescimento no 1º tri'

Escrito por Redação ,

Brasília. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem (21) que a equipe econômica, apesar de acreditar na possibilidade, não conta com uma recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) já no primeiro trimestre do ano que vem. A expectativa, segundo o ministro, é que somente no último trimestre de 2017 o País esteja crescendo em um ritmo mais forte, acima de 2%, na comparação com igual período de 2016. "Existe uma boa possibilidade de que o número do primeiro trimestre seja positivo, mas não estamos contando com isso", disse Meirelles.

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As previsões mais otimistas da Fazenda para o fim do ano que vem têm sido recorrentes no discurso da equipe econômica. Desde o fim de novembro, secretários da Pasta e o próprio ministro têm usado a projeção de crescimento de 2,8% do PIB no último trimestre de 2017 em relação a igual período deste ano para demonstrar que a economia brasileira está sim retomando o fôlego.

Ontem, Meirelles ressaltou que a economia brasileira caiu muito entre o 4º trimestre de 2015 e o último trimestre de 2016. Quando isso acontece, no ano seguinte, mesmo que cresça, a comparação entre as médias anuais fica depreciada. "Mas não significa que o País não está crescendo forte", disse.

'Não há mágica'

Meirelles avaliou que o governo não está de mãos atadas para assegurar a recuperação do crescimento do País. Ao ser questionado sobre a lenta reação da atividade econômica no País, o ministro disse que "pelo contrário": o governo está tendo uma ação positiva com a agenda fiscal e microeconômica. "O que esse governo não faz e não fará é tomar medidas artificialistas, como no passado. Não há mágica na economia", completou.

Consumo

Ainda segundo o ministro da Fazenda, os problemas têm de ser resolvidos para botar a "máquina funcionar em outra direção". Meirelles disse que é preciso que os consumidores percam o receio de ficarem desempregados e voltem a consumir. "Se tomarmos as medidas certas, os agentes econômicos antecipam os seus efeitos", afirmou.

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