Bolsa: chance para pensar no longo prazo

Momento é adequado para quem pretende investir em empresas, mas não busca retornos financeiros imediatos

Escrito por Redação ,
Legenda: Para especialistas, muitos recuos registrados na Bolsa de Valores brasileira ao longo deste ano não foram ocasionados pelas empresas, mas por notícias do mercado, taxa de juros e preocupações com as contas públicas, por exemplo

Conhecido por antecipar o ambiente macroeconômico, o mercado de ações costuma ser considerado arriscado por conta da alta volatilidade. O principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, registrou alta de 15% apenas em janeiro e fevereiro, baseado nas estimativas de crescimento da economia, dentre outros fatores. No entanto, após sofrer perdas de mais de 16% apenas em maio, o índice apresenta, hoje, uma queda de 5% no ano. Apesar das perdas, em momentos de queda, a Bolsa pode apresentar boas oportunidades para quem pretende investir em empresas, pensando no longo prazo.

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"Para quem tem um perfil mais agressivo e pensa em fazer um investimento de pelo menos três anos, aquela máxima que diz 'compre na baixa e venda na máxima' é verdadeira", diz Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos. "Não dá para dizer se a bolsa ainda vai cair mais ou não, o fato é que com essas quedas recentes surgiram grandes oportunidades em setores que tiveram quedas muito fortes sem que seus fundamentos tenham mudado, o que não faz sentido, como ocorreu no setor de bancos".

Segundo Indech, muitas quedas foram causadas por notícias de mercado, preocupação com contas públicas ou com os juros, o que gerou aumento do fluxo de estrangeiros saindo do País. "Então surgiram muitas oportunidades no mercado de ações. Mas sempre falo para o pequeno investidor, que tem, por exemplo, R$ 10 mil para aplicar, que não deve comprar tudo agora. Deve ir comprando aos poucos".

Além da compra direta de ativos, por meio de corretoras, o investidor também pode aplicar em ações por meio de fundos de investimentos, opção que pode ser mais adequada para quem quer investir no mercado de capitais, mas não tem conhecimento ou o tempo necessário para analisar empresas. Antes de comprar cotas de um fundo, é importante verificar as condições e os custos envolvidos nessa operação, como taxa de administração, taxa de desempenho ou liquidez.

Ceará

Nos últimos 12 meses, o número de cearenses que investem na Bolsa cresceu 25%, passando de 6.981 em maio de 2017, para 8.793 em maio deste ano. Ao todo, são 7.150 homens e 1.643 mulheres no Estado cadastrados na Bolsa que, juntos, somam R$ 1,49 bilhão aplicado, sendo o 11º estado com maior volume de recursos na bolsa. (BC)

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