Por noite, há quem chegue a gastar R$ 1 mil

Diversidade de opções na cidade agrada a quem gosta de peregrinar entre vários estabelecimentos

Escrito por Redação ,
Legenda: O casal Letícia Lacerda e Caio Sales costuma visitar vários bares, baladas e restaurantes em uma noite, junto com os amigos. O empresário, que sai de segunda a segunda, diz que chega a gastar em torno de R$ 300 em cada local
Foto: Fotos: JL Rosa

De bar em bar, de mesa em mesa, como versa a música de forró que foi sucesso há alguns anos, o empresário Caio Sales, 22, passa as noites. De férias da faculdade, ele não mede esforços para se sentir bem com os amigos em um ambiente agradável e divertido. Sales é um exemplo de quem vivencia a noite de Fortaleza em sua plenitude, visitando os mais diversos estabelecimentos na Capital. Ele diz que chega a gastar cerca de R$ 300 em cada lugar que para com o objetivo de curtir, beirando os R$ 1 mil por cada noite, dependendo do tamanho da peregrinação etílica.

Na noite da última quinta-feira (18), Sales estava acompanhado dos amigos no Bulls Beer House, na Parquelândia. Era noite de karaokê. O espaço, diz, é um dos preferidos dele na Capital.

"Conheci o Bulls por curiosidade. Passando, vi o ambiente diferente, notei o espaço excelente, as pessoas legais. Sou da noite, já rodei muito barzinho. Mas esse é o meu favorito", disse.

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O jovem empresário revela que, neste período de férias da faculdade, sai todas as noites, de segunda-feira a segunda-feira, experimentando sabores e locais diferentes em todos os cantos da cidade. "Geralmente, faço um tour por Fortaleza. Vou na Academia da Cerveja, vou pela Varjota, passo no Alenca's. Acredito que Fortaleza não para, e acho isso essencial para a economia em si, para o crescimento da cidade. Antigamente só se via os lugares 'massa' por Varjota, Washington Soares. Hoje, podemos falar de opções em outras regiões da cidade. Se você quiser, todo dia pode conhecer um lugar novo em Fortaleza. Com ramo diferente, comida diferente, gente diferente. É muito legal. E melhor ainda, saber que quem está empreendendo, investe nas pessoas", afirmou.

O empresário, que diz frequentar em média três locais por noite, aponta o que sente falta em Fortaleza. "Gosto de coisas exóticas, consumo muito. Eu saboreio. Uma coisa que precisa mudar em Fortaleza é que bar é atendimento. Eu vou para um lugar para ter experiência, para agregar valor. Se aquele lugar não agrega valor, o que estou fazendo lá? Cerveja, eu posso comprar para beber em casa, mas tenho que saborear outra expectativa, outra realidade. Sinto que, em Fortaleza, falta espaço para música eletrônica".

A estudante Letícia Lacerda, 18, acompanhava Caio Sales e a turma de amigos que curtia o karaokê do Bulls Beer House. Para ela, Fortaleza ainda precisa diversificar mais suas opções, que considera restritas a um modelo, os barzinhos.

"Saio sempre procurando lugares mais animados, divertidos. Falta em Fortaleza mais diversificação. Tem muito forró, e não tem tantas opções de festa, como o Órbita. Está muito focado em barzinho", opinou.

Evolução

O contador Renan Braga, 26, gosta de sair para beber e curtir com os amigos. Às vezes, começa às quintas-feiras. Dependendo da semana, deixa para sair apenas sábado e domingo. Ele aponta que verificou em Fortaleza a evolução da noite, atingindo um ponto que o agrada sobremaneira em opções.

"Vou a vários bares e pubs na Varjota, Maraponga, Cidade dos Funcionários, e acho que estamos bem servidos. Fortaleza evoluiu muito. Se pegar há três anos, você tinha opções limitadas de ambientes. Hoje em dia, está muito mais diversificado. Acho que a cidade está evoluindo nesse quesito barzinho e pub, trazendo estilos novos. Fortaleza está bem na noite", disse.

O contador diz que gasta em média R$ 100 por noite, quando vai a barzinhos, chegando a gastar R$ 400 quando vai a festas e baladas. Uma prática comum dele e dos amigos é fazer o "after", ou "saideira": passam por pelo menos dois estabelecimentos, em geral, numa noite.

Ele aponta que sente falta ainda na Capital de mais opções específicas de ambientes, que contemplem outros estilos de música e de alimentação, cada vez mais nichados.

"Comparando com outras cidades, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, Fortaleza está bem servida, mas há mais opções. Apesar da clara evolução da temática dos bares, ainda sentimos falta de certos temas. Algo no estilo mexicano, uma coisa latina, que está mais em alta, por exemplo", citou.

Satisfeito

O empresário Romano Silveira, 26, se diz satisfeito com o que Fortaleza tem a oferecer. Ele costuma sair de sexta-feira a domingo, e se diz eclético: visita vários lugares diferentes para aproveitar experiências diferentes por toda a Capital.

"As opções de estabelecimentos melhoraram muito. Fortaleza, antigamente, não tinha muitas opções. Tinha muita casa de show. Hoje em dia, isso mudou. Não tem mais aquelas casas de forró, e tem muitos barzinhos e restaurantes, que recebem essa demanda de público, com música ao vivo. Melhoraram muito as opções. Mas ainda acho que pode melhorar mais. Acho que poderia trazer mais ambientes de carne, para quem gosta de churrasco, por exemplo. Nisso, a Varjota ainda é melhor de opções", disse Silveira.

Opções

Em linhas gerais, no entanto, o empresário admite enxergar a Capital bem posicionada ante outros centros turísticos do País, especialmente por, na opinião dele, oferecer opções a cada dia para diversos estilos e gostos.

"A cidade está bacana. Fortaleza está abrindo espaço para mais estilos, deixando o monopólio do forró de lado, igualando a outras cidades", pontuou. (LF)

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