Eólica deve expandir em 1GW a capacidade

Ceará conta com 61 parques em operação e, até 2021, receberá outros 44, segundo dados da Aneel

Escrito por Redação ,
Legenda: Em 2016, o Brasil foi o sexto no ranking dos que mais adicionaram capacidade instalada no mundo, com 3,7% do total. Os primeiros lugares ficaram com a China (42,7%); Estados Unidos (15%) e Alemanha (9,9%)
Foto: Foto: Kid Júnior

Referência na geração de energia eólica no País, o Ceará chegará a 2,6 GW de capacidade instalada nos próximos quatro anos, quando cerca de 1 GW será adicionado aos atuais 1,6 GW instalados. Ao todo, o Estado conta com 61 parques em operação, e até 2021 receberá outros 44, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Enquanto as eólicas correspondem a 7% da matriz energética do País, no Ceará a participação é de 43%.

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Apesar dos ventos fortes e constantes, no segmento de mini e microgeração de energia, as eólicas correspondem a apenas 6% do total de unidades instaladas no Estado, com 23 empreendimentos. Segundo o consultor Jurandir Picanço, neste segmento a geração eólica acaba ficando em desvantagem por necessitar de locais propícios, sem interferências para circulação dos ventos, além de demandar estudos de viabilidade. Enquanto os painéis solares podem ser instalados em praticamente qualquer local onde não haja sombra. "Por alguns fatores, os geradores eólicos acabam não sendo propícios para a microgeração", diz o consultor.

Diante do atual momento econômico, o consultor em energia João Mamede Filho acredita que o desenvolvimento das energias renováveis, como solar e eólica, se dará por meio dos grandes empreendimentos.

"As grandes instalações, com maior escala, tem um custo muito menor. Além disso, há os custos de manutenção, dentre outros cuidados para que esses sistemas tenham um bom funcionamento", ele diz. "Muitas vezes é uma preocupação a mais para quem instala isso em casa. É preciso avaliar se vale a pena ter essa comodidade de ter energia em casa", acrescenta.

Mundo

Em 2016, o Brasil foi o sexto país que mais adicionou capacidade instalada no mundo, com 3,7% do total. A China, primeira colocada, adicionou 42,7%. Em seguida aparecem, Estados Unidos (15,0%), Alemanha (9,9%) e Índia (6,6%). Com relação ao total de capacidade, o Brasil ocupa a nona posição, com 2,2% de participação. A China, primeiro do ranking, é responsável por 34,6% da capacidade mundial. Em seguida aparecem os Estados Unidos (16,8%), Alemanha (10,2%), Índia (5,9%), Espanha (4,7%), Reino Unido (2,9%), França (2,4%) e Canadá (2,4%), em décimo. Ao todo, a capacidade instalada no mundo em 2016 era de 486,7 GW. (BC)

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