Inovação é a chave para manter empresas vivas

Bastante criatividade e a capacidade de se reinventar a cada semana: este é o segredo apontado pelos empresários para conseguir manter o nível das atrações e continuar com público dia após dia, semana após semana, independente da época do ano.

Se, por um lado, Fortaleza aparenta não ter baixa estação - vide os eventos diários em todas as partes da cidade - por outro, os estabelecimentos dizem sentir sim as diferenças de frequência dos clientes, a depender do mês, por exemplo. Além disso, o surgimento frenético de novas opções força, de maneira positiva, o empreendedor a ter a cada evento melhores sacadas para sobreviver na guerra pela atenção de quem quer festejar.

Neste quesito, um point de diversificação e inovação é o Bulls Beer House. Localizado na Parquelândia, o pub tem um estilo inglês, com decoração estadunidense e atrações variadas. De música ao vivo a karaokê, a casa tem na programação evento de quiz (de séries de TV, música e atualidades) e até torneio de pôker, para movimentar ainda mais as terças-feiras.

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O sócio-proprietário do Bulls Beer House, Gustavo Linhares, enfatiza a necessidade de haver criatividade para manter o bom público da casa.

"Esse ramo é um pouco traiçoeiro. Quando você é novidade, enquanto você é diferente dos demais, o público vai e lhe abraça. Mas se você não tiver toda hora inovando, inventando novidade, o público larga e busca mesmo o que está mais recente, com pegada mais atual. Justamente por isso, estamos sempre nos renovando, criando uma atração diferente, para não deixar cair na mesmice e o cliente não entrar naquele momento de achar que não tem mais atração, de não se sentir mais num ambiente diferenciado. Nunca estar parado é a forma de conseguir se manter nesse mercado tão competitivo como o de bares e restaurantes", afirmou.

Fluxo

Conforme Linhares, a média de público por semana gira em torno de 300 a 400 clientes por noite, chegando entre 1.200 a 1.500 pessoas por fim de semana. Ele alega que, de fevereiro a maio, o estabelecimento experimenta uma queda no fluxo.

"Existem os picos de movimento e tem uma baixa. A gente sente esse período pós-Carnaval, até a chegada das férias do meio do ano. A gente pode sentir em torno de 30% a 40% menor o movimento, principalmente no meio da semana. No fim de semana a gente ainda consegue lotar", disse.

O empresário aponta que atualmente emprega em torno de 22 pessoas, entre diretos e indiretos. O público, conforme ele, consome em média R$ 50. O faturamento gira em torno de R$ 200 mil por mês. "Foi uma ideia muito ousada para a região. Inicialmente, as pessoas estranhavam quando viam um bar no modelo inglês, americanizado, um pub, numa região como a Parquelândia, que nunca tinha visto algo do tipo. Inicialmente, as pessoas até se espantaram com o negócio, mas agora já se acostumaram. E nisso, até conseguirmos conquistar o público, as pessoas iam para ver o que era aquele negócio diferente. Foram gostando e fidelizamos a clientela. Hoje, conseguimos ter um público fixo, praticamente toda semana, e sempre buscando uma galera nova. Já meio que nos tornamos referência de barzinho, e agora buscamos clientes de outras regiões", relata.

Avanços

Com os bons resultados, Linhares já projeta a expansão do local. A empresa aposta, também, na divulgação em outros pontos da cidade, para atrair a atenção de pessoas que não conhecem a proposta do Bulls Beer House.

"Nossa movimentação de Marketing, que antes era mais fixada na Parquelândia, hoje a gente já expande para o restante da cidade, e acaba que tenta aumentar essa clientela. E a ascensão se deu, a gente nunca se manteve acomodado. Já fizemos uma expansão, trouxemos um ambiente diferenciado, em que conseguimos trabalhar uma programação semanal, que envolve torneios de pôker, programação com quiz, apresentações de música ao vivo, DJ. E para esse ano temos muitos projetos. Temos pretensão de expansão no segundo semestre, abrir um novo espaço agregado, com ambiente mais voltado para cervejas artesanais", revelou.