Atividade econômica do CE cai 5,1% em 12 meses

Fortaleza/Brasília. Depois de cair 0,3% em abril deste ano, em comparação com março, a atividade econômica do Ceará voltou a apresentar recuo em maio, desta vez, com uma retração de 0,9% em relação ao mês anterior, na série dessazonalizada (ajustado para o período). Com o resultado, a economia do Estado acumula uma queda de 5,6% no ano e de 5,1% nos últimos 12 meses encerrados em maio. Os dados são do Índice de Atividade Econômica Regional - Ceará (IBCR-CE), divulgado ontem pelo Banco Central (BC).

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Os resultados negativos observados na atividade econômica do Estado foram maiores que os verificados para o Nordeste. Em maio, a economia da Região caiu 0,1% na comparação com março, também na série dessazonalizada. No ano, a retração da economia nordestina já chega a 4,8%, enquanto em 12 meses o recuo é de 4,1%.

Pior desde 2010

Agravada pelo atual cenário político do País, a crise econômica brasileira também se manifestou de modo mais forte na média nacional. Depois da leve alta de abril (0,07% pelo dado já revisado), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no Brasil voltou a andar de ré em maio, com baixa de 0,51% ante abril, pior resultado desde janeiro de 2010.

O IBC-Br registrou em maio o menor nível em mais de seis anos. Em janeiro de 2010, o indicador do BC estava em 133,56 pontos e, em maio deste ano caiu para 133,67 pontos pela série com ajustes sazonais. Já na série sem ajuste sazonal, o IBC-Br atingiu a marca de 133,14 pontos em maio, que é a mais baixa desde fevereiro deste ano (130,46 pontos).

De um mês para o outro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,36 pontos para 133,67 pontos na série dessazonalizada. No acumulado do ano, a retração é de 5,79%, pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar uma recuo de 5,43% em 12 meses.

Na comparação entre os meses de maio de 2016 e 2015, houve baixa de 4,92% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 133,14 pontos ante 135,66 de abril.

Revisão

Em janeiro deste ano, o Banco Central promoveu uma revisão metodológica na apuração do IBC-Br para possibilitar a incorporação da estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores.

Conhecido como "prévia do PIB do BC", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%, de acordo com o mais recente Relatório Trimestral de Inflação. Também no Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira (11), a mediana das estimativas do mercado para o PIB em -3,30%.

Trimestre

O IBC-Br registrou baixa de 0,97% no acumulado do trimestre de março a maio na comparação com o resultado dos três meses anteriores pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação de março a maio com idêntico período de 2015, o resultado do índice foi de queda de 5,49% pela série observada.

Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. Em abril, o IBC foi alterado de +0,03% para +0,07%.