Orçamento 2017: corte é prioridade

Escrito por Redação ,

Brasília. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, repetiu ontem (24), que a prioridade da equipe econômica na definição do Orçamento de 2017 é o corte de despesas, mas não descartou a possibilidade de aumento de impostos. Segundo ele, governo enviará ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017 no começo da próxima semana, mas não entrou em detalhes sobre itens específicos. A proposta prevê uma meta de déficit de R$ 139 bilhões no próximo ano.

"A meta fiscal de 2017 será cumprida e o que for necessário será feito", frisou. Meirelles repetiu que o esforço necessário de R$ 55,4 bilhões para o cumprimento da meta de 2017 virá de mais reduções despesas e de um "esforço arrecadatório" que também passará pelas concessões de infraestrutura. Para conseguir isso, a equipe econômica também confia na retomada da economia e, consequentemente, na recuperação da arrecadação.

Recuperação

"Os dados iniciais dão conta de que a atividade econômica começou de fato a se recuperar. Nos anos em que a economia cresceu a arrecadação aumentou mais que o PIB. Nos anos de retração da economia as receitas também caem mais", afirmou.

O ministro destacou ainda que a arrecadação em 2017 deve ser ajudada pela regularização de pendências por parte de muitas empresas que deixaram de pagar seus tributos durante a crise econômica. "Essas empresas terão a necessidade de regularizarem suas questões fiscais para poderem voltar a crescer e tomar crédito", completou.

Dívida dos estados

Questionado pelos jornalistas, Meirelles não quis comentar os pedidos de reajustes de servidores públicos. Sobre o atraso na votação do projeto de renegociação das dívidas dos estados com a União, o ministro limitou-se a dizer que uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) garante o cumprimento do acordo até que o texto seja aprovado pelo Congresso.

Ele confirmou mais uma vez que a equipe econômica segue estudando uma forma de auxílio aos Estados do Norte e Nordeste. Os governadores dessas regiões pedem R$ 7 bilhões de ajuda ao governo federal.

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