Prévia da inflação em Fortaleza acelera 0,09%, aponta IBGE

O IPCA-15 do País acumulado em 12 meses ficou acima do teto

Escrito por Lia Girão / Reuters ,

A prévia da inflação oficial em Fortaleza acelerou a 0,09% em setembro. O índice foi o segundo menor do País, perdendo apenas para Goiânia, que somou apenas 0,05%. O total nacional do mês chegou a 0,39%.

O número nacional se deve principalmente à retomada da alta dos preços de alimentos, em especial pelas carnes, que ficaram 2,30% mais caras de um mês para o outro, pela refeição fora de casa, que teve aumento de 0,90%, além do leite longa vida, com 1,47%.Com a aceleração da inflação, a o IPCA-15 acumulado nacional em 12 meses voltou a subir e chegou a 6,62%, passando do teto da meta de 6,5% neste ano e atingindo o maior patamar desde junho de 2013 (6,67%).  Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (19).

Há meses a inflação no país não se afasta do teto da meta do governo - de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos - tornando-se um tema de destaque às vésperas da eleição presidencial, em outubro. Em agosto, o IPCA-15 havia subido 0,14%, acumulando em 12 meses 6,49%. Já o IPCA encerrou o mês passado com alta de 0,25%, chegando em 12 meses a 6,51%.

Os números de setembro do IPCA-15 ficaram acima da expectativa em pesquisa da Reuters, cujas medianas apontavam alta de 0,35% na base mensal e de 6,57% em 12 meses.

Segundo o IBGE, em setembro os preços do grupo Alimentação e Bebidas voltaram a subir, somando 0,28%, após queda de 0,32% em agosto, representando impacto de 0,07 ponto percentual no IPCA-15 deste mês. O grupo Habitação foi o que mostrou maior impacto no índice neste mês, de 0,11 ponto, embora a alta tenha desacelerado a 0,72%, sobre 1,44% no mês anterior.

O IBGE informou ainda que o principal impacto individual foi exercido por passagens aéreas, com 0,07 ponto percentual em setembro, depois de os preços subirem 17,58%. Com isso o grupo Transportes mostrou aceleração na inflação, a 0,45% em setembro, contra 0,20%.

A alta dos preços no país vem mesmo com a atividade econômica fraca, que entrou em recessão no primeiro semestre, minando a confiança tanto de empresários quanto do consumidor. Para o Banco Central, segundo a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a pressão sobre os preços é elevada, mas não mais "resistente".

As expectativas de economistas de instituições financeiras são de que o IPCA encerrará este ano a 6,29 %, mas não deve arrefecer em 2015, terminando no mesmo patamar, segundo a pesquisa Focus do BC.

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