Prévia da inflação de julho desacelera na RMF, diz IBGE

A taxa ficou em 0,33%, a segunda menor entre as capitais pesquisadas

Escrito por Redação Diário do Nordeste / Folhapress ,

A prévia da inflação da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) para o mês de julho desacelerou em relação à previa de junho, passando de 1,06% para 0,33% - a segunda menor taxa entre as capitais pesquisadas.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a prévia da inflação acumula 2,65% de janeiro a julho. Já nos últimos 12 meses, a variação chega a 3,14%.

Entre as classes de despesas, o grupo habitação foi o que apresentou maior taxa, alcançando 1,17%, mas ainda menor que em junho, quando foi a 1,32%. Os artigos de residência registraram um avanço de preços considerável, ao sair de queda de 0,05% para alta de 0,64%.

Prévia da inflação também desacelera no Brasil

No Brasil, o IPCA-15 deste mês desacelerou para 0,64%. O número mostra uma redução de 0,47 ponto percentual em relação aos 1,11% de junho, mas ainda assim é a maior taxa para um mês de julho desde 2004 (0,93%).
 
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3%, e em 12 meses, acelerou para 4,53%.   
 
A expectativa dos analistas ouvidos pela agência Bloomberg era de um indicador de 0,73% na comparação mensal e 4,63% na base anual.
 
No mês passado, o IPCA (inflação oficial) avançou 1,26%, pressionado pela paralisação de caminhoneiros que começou dia 21 de maio e durou 11 dias. Bloqueios em estradas do país levaram ao desabastecimento de alimentos e combustíveis.
 
O grupo dos alimentos, que em junho apresentou alta de 1,57%, veio com taxa de 0,61% em julho. Essa desaceleração ocorreu, segundo o IBGE, devido ao realinhamento nos preços médios de itens alimentícios, que subiram no mês anterior impactados pelo movimento dos caminhoneiros.
 
Os alimentos tiveram altas porque muitos produtos ficaram retidos nos bloqueios feitos por caminhoneiros nas principais estradas do país. Centros de distribuição de alimentos e entrepostos passaram dias sem receber carregamentos dos principais produtos, o que fez os preços dispararem diante da falta.
 
Quando a situação nas estradas se normalizou, houve uma corrida dos consumidores aos mercados para abastecer novamente suas despensas.
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