Presidente da Fiesp repudia proposta de cobrança dupla da CPMF

Para Paulo Skaf, a proposta de retorno da CPMF não ajuda o Brasil a sair da grave crise econômica e política na qual está mergulhado

Escrito por Redação ,

O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf, manifesta repúdio à proposta apresentada pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, na sexta-feira (2), de dupla cobrança da CPMF nas operações de débito e crédito. 

"A tentativa de ressurreição da CPMF já é, por si só, um absurdo. A proposta de dupla cobrança é estapafúrdia. A sociedade brasileira não suporta pagar mais impostos e vê, com perplexidade, as barganhas políticas que cercaram a montagem do novo ministério, com a participação de algumas lideranças do PMDB", disse Skaf.

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A proposta do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), encaminhada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, define uma alíquota de 0,2%, cobrada apenas uma vez em cada operação financeira. O tributo duraria quatro anos e a arrecadação seria destinada à Previdência Social. 

O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), defendeu que a CPMF deveria ser permanente e cobrada duas vezes, tanto em operações de crédito como de débito, sem aumento da alíquota. Segundo ele, a arrecadação cobriria gastos com a Previdência e com a Saúde. 

Para Skaf, a proposta de retorno da CPMF não ajuda o Brasil a sair da grave crise econômica e política na qual está mergulhado. Ele afirma, ainda, que a sociedade resistirá firmemente à aprovação da medida no Congresso. 

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