Prazo para apuração das causas do apagão deve ser de 10 a 15 dias

Operador Nacional do Sistema (ONS) descartou erro humano como causa da falha

Escrito por Estadão Conteúdo ,

A linha de transmissão Xingu-Estreito, onde ocorreu a falha no disjuntor que provocou o colapso no fornecimento de energia em 13 Estados do Norte e Nordeste, aguarda autorização para dobrar a carga de energia transportada, informou o Operador Nacional do Sistema (ONS). Atualmente, esse sistema tem autorização para operar de forma comercial com 2 mil MW de energia. No fim de semana, porém, os testes para operação com 4 mil MW foram concluídos com sucesso.

LEIA AINDA
> Apagão em 13 estados deixa 70 milhões de pessoas sem luz
> Apagão deixa semáforos sem funcionar em diversos bairros da Capital e causa transtornos
> Idosa de 77 anos é atropelada durante apagão em Fortaleza
> Em cinco anos, Ceará registrou pelo menos 10 apagões
> Apagão deixa 670 semáforos sem funcionar em diversos bairros de Fortaleza
> Apagão causa transtornos no comércio da Capital
> ONS diz que falha em disjuntor na estação de Xingu provocou apagão

"A fase de teste havia sido concluída e íamos iniciar os procedimentos para começar a operação comercial (em carga máxima da linha)", disse o diretor geral da ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira.

Apuração

Em coletiva nesta quarta-feira (21), o ONS informou que o prazo para apuração das causas que levaram ao colapso no fornecimento de energia em 13 Estados do Norte e Nordeste deve levar de 10 a 15 dias.

Além de apurar as causas da falha no disjuntor da linha de transmissão Xingu-Estreito, responsável pelo escoamento de toda a energia gerada pela Usina de Belo Monte, o ONS também irá apurar por que as usinas da região levaram mais tempo para recomposição do que o previsto.

"Essa é outra investigação que iremos fazer", disse o diretor geral da ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira.

O Operador, porém, descartou erro humano como causa da falha no disjuntor que provocou a queda do sistema. Segundo ele, as usinas da Região Norte tiveram que ser desligadas porque hoje produz mais energia do que consome e exporta para o Nordeste. Com a falha na transmissão, a sobra de energia foi de 4 mil MW.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.