Panificação brasileira cresce 8,02% em 2014

Foi o segundo ano em que o setor registrou índice de crescimento inferior a 10%

Escrito por Redação ,

As empresas de panificação e confeitaria movimentaram R$ 82,5 bilhões em 2014, faturamento 8,02% superior ao registrado em 2013. Foi o segundo ano em que o setor registrou índice de crescimento inferior a 10%.

“Essa desaceleração é decorrente principalmente da alta de custos experimentada pela panificação. Os preços dos produtos adquiridos pelas empresas de panificação no atacado tiveram um reajuste médio de 8,71%, a alta do salário médio do setor foi de 18,2%, o custo com embalagens aumentou em 13,3% e a energia elétrica 14,8%”, disse  José Batista de Oliveira, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip).

Os números foram levantados pelo Instituto Tecnológico (ITPC), em parceria com a Abip, por meio de pesquisa realizada junto a 1.200 empresas de todo o país, abrangendo representantes do setor de todos os portes. O crescimento do faturamento, segundo Batista, foi garantido pelo desempenho das padarias que oferecem serviços completos de fastfood e de conveniência.

O setor é constituído por cerca 63,2 mil empresas, que foram frequentadas por cerca de 41,5 milhões de clientes diariamente, no último ano. Já o número de funcionários na panificação somou 850 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta. Houve um aumento de 5,7% no número de postos de trabalhos criados ano passado. No mesmo período, o faturamento por funcionário aumentou 2,5%. Já o salário médio cresceu 44,2% entre 2010 e 2014. 

Dada a relevância do setor, Oliveira defende a aceleração do projeto que desonera os produtos panificados, e que se encontra em trâmite na Câmara Federal, já tendo recebido aprovação da Comissão de Constituição e Justiça.

“A decorrente redução dos custos dos produtos panificados não apenas terá impacto positivo direto sobre a atividade, estimulando investimentos em novos empreendimentos, modernizações e ampliações, como tornará esse nobre produto ainda mais acessível à população”, diz Oliveira. Dessa forma, conclui, o Brasil poderá incrementar seu hoje acanhado consumo per capita de pães, situado na faixa dos 33 quilos/habitante/ano, o que vem a ser pouco mais da metade dos 60 quilos/habitante/ano recomendados pela ONU.

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