MPF processa bancos que recusaram contas a refugiados

Segundo o MPF, os bancos não reconhecem o protocolo de pedido de refúgio, fornecido pela Polícia Federal como um documento de identificação válido

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,
O Ministério Público Federal (MPF) está processando os bancos Bradesco, Caixa Econômica, Citibank, Santander, Banrisul e Banco do Brasil por se recusarem ou dificultarem a abertura de contas para estrangeiros solicitantes de refúgio no país.
 
Agências desses bancos não reconhecem o protocolo de pedido de refúgio, fornecido pela Polícia Federal como um documento de identificação válido, o que contraria a legislação e as normas do Banco Central.
 
O MPF quer que os réus aceitem o protocolo para a abertura de contas por refugiados em todo o país, sob pena de multa de R$ 10 mil para cada serviço recusado.
 
A ação civil pública, ajuizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, pede ainda que os bancos paguem indenização de pelo menos R$ 500 mil pelos danos morais coletivos já causados.
 
Diligências feitas pelo MPF, pela Defensoria Pública do estado de São Paulo e por organizações que apoiam estrangeiros refugiados demonstraram que os pedidos dos imigrantes são “reiteradamente recusados”. Segundo o MPF, no caso dos bancos Bradesco, Citibank e Caixa Econômica Federal, por exemplo, em nenhuma das visitas feitas o documento foi aceito para identificação do depositante de outro país.
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