Inflação nordestina no primeiro trimestre é a menor em cinco anos

Em contrapartida, Fortaleza permaneceu no topo do ranking entre as cidades com maior crescimento dos preços no país

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

O índice inflacionário nordestino para o primeiro trimestre de 2017 é de 1,29%, percentual inferior aos 2,87% referentes ao mesmo período de 2016. Esse é o menor índice para os três primeiros meses do ano desde 2012, quando a taxa foi de 1,28%. A pesquisa é elaborada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão do Banco do Nordeste, a partir de dados do IBGE.

A inflação do Nordeste, em março de 2017, apresentou crescimento de 0,34%, abaixo da inflação observada no mês anterior (+0,39%), porém, ficou ainda em patamar superior à média nacional (+0,25%). No acumulado dos últimos 12 meses terminados em março, o índice regional apresentou leve crescimento para 5,56% e ficou acima dos 5,29% registrados nos últimos 12 meses imediatamente anteriores.

No índice regional mensal, o grupo educação (+1,23%) foi o de maior variação percentual no mês de março. O grupo habitação (+1,17%) foi o de maior impacto (+0,16%) no indicador inflacionário do Nordeste, representando cerca da metade da inflação mensal. Em outro sentido, observa-se deflação nos grupos artigos de residência (-0,57%), comunicação (-0,53%), vestuário (-0,25%) e transportes (-0,21%), que contribuíram para atenuar a inflação mensal.

A tendência de desaceleração da inflação nordestina acompanha o movimento de desinflação em curso no Brasil. O indicador inflacionário nacional anualizado registra queda pelo sétimo mês seguido. Na análise trimestral nacional, realizada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação foi de 0,96%, a menor para o primeiro trimestre do ano desde a implantação do Plano Real. Em março, o índice inflacionário nacional registrou elevação de 0,25%, ante índice de 0,33% em fevereiro.

Fortaleza

Em março, a capital cearense permaneceu no topo do ranking entre as cidades com maior crescimento dos preços no país, com taxa de 6,85%. O índice pode ser atribuído à pressão dos preços nos grupos de alimentos e bebidas (+0,50), que tem maior peso no indicador de Fortaleza, e também habitação (+1,67), educação (+5,34), saúde e cuidados pessoais (+0,48).

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