Indicador antecedente de emprego avança 0,3 ponto em fevereiro

á o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,9 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo 100,7 pontos

Escrito por Estadão Conteúdo ,

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,3 ponto em fevereiro ante janeiro, para o patamar de 95,9 pontos, o maior nível desde maio de 2010 (98,7 pontos), informou nesta quarta-feira (8) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,9 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo 100,7 pontos, o menor nível desde outubro de 2016 (99,2 pontos). 

"O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) retrata otimismo quanto à geração de emprego nos próximos meses. O nível do indicador permanece elevado e houve nova variação positiva do índice. A situação atual, no entanto, continua preocupante conforme sugere o resultado do ICD, que indica dificuldade de se posicionar no mercado de trabalho", afirmou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota oficial.

O ICD já havia recuado no mês anterior, o que sinaliza uma ligeira melhora na percepção da dificuldade de conseguir emprego apontou a FGV. "Os movimentos de aumento do IAEMP e queda do ICD parecem alinhados com a perspectiva de melhora do mercado de trabalho nos próximos meses", completou Barbosa Filho.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das sondagens da Indústria, do setor de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Os componentes que mais contribuíram positivamente para a alta do IAEmp em fevereiro foram os indicadores que medem a expectativa com situação dos negócios nos seis meses seguintes da Sondagem da Indústria e também o ímpeto de contratações nos três meses seguintes na Sondagem do Setor de Serviços.

A faixa de renda que mais contribuiu para a queda do ICD foi a do grupo de consumidores que recebem entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00 mensais, com recuo de 3,3 pontos no Indicador de percepção de dificuldade de se conseguir emprego.

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