Ibovespa sai de circuit breaker, mas continua com queda de 8,5%

As denúncias de suposta obstrução de Justiça praticada pelo presidente Michel Temer repercute nas decisões dos investidores no mercado nacional no pregão desta quinta-feira (18). Às 10h48 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 8,57%, a 61.750 pontos, após ter sido acionado pela primeira vez o mecanismo de circuit breaker, com os investidores já precificando os maiores risco de queda do peemedebista e consequente suspensão na tramitação da agenda de reformas do governo.

> Crise no governo faz Bolsa travar negócios pela 1ª vez desde 2008

> Ibovespa futuro desaba 10% após denúncias contra Michel Temer

> Banco Central e Tesouro diz que monitora mercados

> Dólar pode bater R$ 3,30 com escândalo envolvendo Temer

No mesmo horário, os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 disparavam 100 pontos-base, a 10,07%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 avançavam 177 pontos, a 11,39%.

Os contratos de dólar futuro com vencimento em junho deste ano subiram 8,61%, sinalizando cotação de R$3,417, no limite estabelecido pelo mercado brasileiro. As informações são do portal InfoMoney.

Queda diminui o ritmo

Depois da histeria da abertura, algumas ações esboçavam alguma reação, como Cemig, que após desabar 41,66%, a R$5,14, registrava queda mais amena de 41,66%, a R$7,00. Também amenizavam a queda das ações da Petrobras: os papeis ONs que caíram 19,88% na mínima do dia, registravam agora desvalorização de 17,08%; já os PNs recuavam 13,97%, depois de atingir derrocada de 20,24%, a R$12,45.

O mesmo ocorria com o Banco do Brasil. Após queda de 25% mais cedo, essas ações registravam baixa de 18,52%, a R$27,55. Ainda assim, neste momento, mais de 10 das 58 ações do Ibovespa caíam mais de 10%.