Gastos com alimentação e cartão de crédito elevam endividamento do fortalezense

Escrito por Kellyanne Pinheiro ,
O nível de endividamento entre os consumidores de Fortaleza aumentou, em março, na comparação com igual mês de 2011. No terceiro mês deste ano, o índice ficou em 63,9%, enquanto que, em igual período do ano passado, o percentual de endividamento foi de 62,2%. As informações constam no Perfil de Endividamento do Consumidor de Fortaleza, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) do Ceará em parceria com o Banco do Nordeste o Brasil (BNB).
 
Quando comparado com fevereiro de 2012, o nível do endividamento do fortalezense caiu 1,6 pontos percentuais, indicando uma mudança de direção na tendência observada nos últimos meses.
 
De acordo com a pesquisa, os gastos com alimentação são o principal fator de endividamento dos fortalezenses. 43,7% contraíram dívidas por conta das compras em supermercados e restaurantes. Já o vestuário foi fator de geração de dívida para 34%. Segundo os entrevistados, 78% realizam as compras com cartão de crédito.
 
O consumidor endivididado é o cidadão que possui qualquer tipo de dívida - em dia ou atrasada. Em Fortaleza, segundo ainda a pesquisa, 17,7% dos consumidores estão com as contas atrasadas, mas 13% do público têm condições de pagar. Já 4,7% das pessoas sequer podem arcar com os compromissos.
 
Público feminino
 
As mulheres, por sua vez, são responsáveis pela maior taxa de endividamento, no trimestre, com 66,7%. Os homens estão com 61,3%. As despesas mais comuns do público feminino são com alimentação (54,5%), vestuário (28,6%), educação (17,9%), tratamento de saúde (8,6%) e compra de móveis para residência (7,4%).
 
Já os homens comprometeram mais sua renda com alimentação (49,8%), vestuário (18,9%), eletrodomésticos (18%), educação (15,5%) e aluguel residencial (12,5%).
 
Motivos
 
Para 63,9% dos entrevistados, o desequilíbrio financeiro é o principal motivo para estarem com dívidas em atraso. Adiar o pagamento para aplicar os recursos disponíveis em outras finalidades, foi o segundo motivo do endividamento, com 22,3%. Esquecer de pagar a dívida e contestar o pagamento, foram outros motivos, com 12,9% e 5,4%, respectivamente.
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