Fortaleza registra, em novembro, inflação mensal mais baixa desde agosto de 2014

IPCA fechou em 0,13% no mês passado, após registrar 0,39% em outubro

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, na Capital cearense, desacelerou para 0,13%, após fechar em 0,39% em outubro. O resultado do mês passado é o mais baixo registrado em Fortaleza desde agosto de 2014, quando foi de 0,07%, de acordo com a série histórica do IBGE. Confira os resultados por Região Metropolitana na tabela abaixo:

ipca

Apesar do baixo aumento médio dos preços, a cidade cearense ainda possui a maior inflação acumulada do ano, com 7,69% e também nos últimos 12 meses, com 9,25%.

Neste mês novembro, o preço da alimentação consumida em casa foi o que mais impactou os consumidores da Capital, registrando barateamento de 0,25%.

Índice nacional

Em nível nacional, o IPCA de novembro variou 0,18% e ficou abaixo dos 0,26% de outubro, constituindo-se no menor índice para os meses de novembro desde 1998, quando registrou queda de 0,12%. Com isto, o acumulado no ano situa-se em 5,97%, bem abaixo dos 9,62% de igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, a taxa foi para 6,99%, abaixo dos 7,87% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2015 o IPCA foi 1,01%.

As variações dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados se situaram entre -0,20% e 0,57%, enquanto que, no mês anterior, o intervalo foi mais amplo, entre -0,13% e 0,75%. Os grupos artigos de residência (-0,16%) e alimentação e bebidas (-0,20%) apresentaram os mais baixos resultados no índice do mês.

Nos artigos de residência (-0,16%), a queda foi influenciada, principalmente, pelos itens eletrodomésticos (-0,92%) e pelos aparelhos de TV, som e informática (-0,92%).A alimentação fora de casa subiu, mas bem menos, desacelerando de 0,75% para 0,33%, sob influência da refeição fora, que foi de 0,77% para 0,19%.

Do lado dos grupos em alta, as variações mais elevadas ficaram com saúde e cuidados pessoais (0,57%), com destaque para o item plano de saúde (1,07%) e o grupo despesas pessoais (0,47%), sobressaindo o item empregado doméstico (0,87%).

Na energia elétrica, do grupo habitação (0,30%), a variação de 0,43% leva em conta a introdução da bandeira tarifária amarela em substituição à verde, a partir de 1º de novembro, com custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos. Além disso, houve aumento de 5,80% nas contas de energia de Brasília, reflexo do reajuste de 4,62% em vigor desde o dia 22 de outubro. No Rio de Janeiro, a queda de 3,57% refletiu a redução de 11,73% nas tarifas de uma das concessionárias a partir de 07 de novembro. Já em Goiânia, foi registrada a queda de 3,65%, tendo em vista a redução de 8,83% no valor das tarifas em vigor desde o dia 22 de outubro.

Na gasolina, do grupo transporte (0,28%), ocorreu queda de 0,43%, mesmo com o aumento de 4,71% nos preços do etanol, que faz parte, em 27% de sua composição e que ficou com o principal impacto individual no mês (0,04 p.p). Isto, em parte, se deve ao reflexo, nas bombas, da redução de 3,2% fixada pela Petrobrás sobre os preços da gasolina, vigentes nas refinarias desde o dia 15 de outubro, além da redução de 3,1% que passou a valer a partir do dia 08 de novembro.

Ainda no grupo transporte (0,28%), a expressiva variação de 47,82% no item multas tendo em vista que as penalidades por infrações de trânsito tiveram fortes aumentos a partir de 1° de novembro, em decorrência de alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Já no preço dos produtos, a maior queda foi nos preços do feijão carioca (-17,52%), seguido pelo tomate (-15,15%) e pela batata inglesa (-8,28%). Ao todo, 14 itens tiveram queda: feijão carioca, tomate, batata inglesa, leite longa vida, açaí, feijão fradinho, cenoura, alho, farinha de trigo, bolo, feijão mulatinho, feijão preto, pão doce, chocolate e achocolatado em pó.

Entre os alimentos em alta, a cebola subiu 6,09%, a farinha de mandioca, 4,26%, e o pescado, 3,47%. No total, 24 produtos apresentaram alta. São eles: cebola, farinha de mandioca, pescado, frutas, frango inteiro, hortaliças, iorgute, açúcar cristal, outras bebidas alcoólicas, café moído, óleo de soja, frango em pedaços, atomatado, cerveja, refrigerante, açúcar refinado, lanche fora, café da mãnha, biscoito, suco de frutas, ovos, doces, carnes e refeição fora.

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