Especialistas do Ceará continuam pessimistas com cenário econômico

Das nove variáveis investigadas, os analistas revelaram otimismo com apenas três: oferta de crédito, cenário internacional e taxa de câmbio

Escrito por Ângela Cavalcante ,

Entre setembro e outubro deste ano, os economistas do Ceará persistem pessimistas em relação a componentes da economia como taxa de juros, salários reais, nível de emprego, taxa de inflação e gastos públicos. Porém, eles continuam mantendo o otimismo no que se refere à taxa de câmbio, ao cenário internacional e à oferta de crédito no Brasil.

É o que revela a terceira edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE), relativo a referido bimestre de 2014, que ouviu 90 especialistas em economia de todo o Estado, em relação às tendências da economia nacional e internacional. Os dados do estudo, realizado em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon), foram divulgado esta manhã pela Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE).

A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. Das nove variáveis investigadas, os analistas revelaram otimismo com apenas três: oferta de crédito (132,3 pontos), cenário internacional (124,6 pontos) e taxa de câmbio (116,9 pontos), repetindo a mesma percepção da edição anterior da pesquisa, realizada em julho/agosto.

A presente versão do IEE indica uma deterioração no que diz respeito à evolução do nível da atividade econômica interna que atingiu 92,3 pontos frente a 99, 4 da pesquisa anterior. Além da evolução do PIB, os analistas se mostraram pessimistas nos demais quesitos: taxa de juros (80,0 pontos), salários reais (79,2 pontos), gastos públicos (76,2 pontos), nível de emprego (63,8 pontos) e taxa de inflação (61,5 pontos), que alcançou a menor pontuação.

Apesar do pessimismo perseverar em relação aos gastos públicos, a variável melhorou sua performance em comparação com a edição anterior, quando obteve a menor pontuação com apenas 49,3 pontos.

O estudo mostra ainda que o nível de percepção dos analistas sobre o comportamento futuro das variáveis é otimista tendo o índice saltado de 105,4 pontos para 110,3 pontos, entre a segunda e a terceira pesquisa, ou seja, uma variação positiva de 4,6%. Todavia vale destacar que a percepção sobre o desempenho presente das variáveis declinou de 83,6 pontos para 73,5 pontos, o que corresponde a uma variação negativa de 12,1%.

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