Dólar segue exterior e cai 0,81%, a R$3,8549

O dólar recuou 0,81%, a R$ 3,8549 na venda, após atingir R$ 3,8346 na mínima da sessão

Escrito por Reuters ,

O dólar fechou em queda e voltou a R$ 3,85 nesta terça-feira (2), acompanhando outros mercados de câmbio após números mistos sobre a economia dos Estados Unidos alimentarem algumas dúvidas sobre a possibilidade de os juros norte-americanos subirem neste mês. O dólar recuou 0,81%, a R$ 3,8549 na venda, após atingir R$ 3,8346 na mínima da sessão.

A moeda norte-americana recuou firmemente contra os pesos chileno e mexicano, influenciada também por expectativas de novos estímulos na China após números fracos sobre a indústria na segunda maior economia do mundo.

A atividade na indústria nos EUA contraiu em novembro pela primeira vez em 36 meses, pressionada pela alta do dólar e por cortes de gastos no setor de energia, segundo dado do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês). Ativos de países emergentes, que oferecem rendimentos elevados, seriam beneficiados se o Fed não elevar os juros em dezembro.

Os volumes de negócios no mercado brasileiro foram limitados e a volatilidade continuava alta, com investidores evitando fazer grandes operações antes de importantes eventos políticos no Brasil. "O mercado está bastante cauteloso em um cenário de forte volatilidade, esperando novas notícias vindas do Congresso", resumiu o operador José Carlos Amado, da corretora Spinelli.

O Conselho de Ética votava nesta tarde em caráter preliminar o processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que pode resultar na sua cassação. Novas denúncias contra ele alimentaram preocupações de que possa reagir apoiando a abertura de eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aumentando ainda mais a incerteza política.

Mais tarde, às 19h, o Congresso deve votar a nova meta de resultado fiscal do governo para 2015, após adiar a apreciação do tema na semana passada depois da prisão do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Investidores temem que a turbulência política signifique que o governo enfrentará mais dificuldades para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso.

Também contribuiu para o alívio no mercado local de câmbio a atuação do Banco Central, que realizou nesta tarde leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. Segundo a assessoria de imprensa da autoridade monetária, a operação não tem como objetivo rolar contratos já existentes.

Além disso, o BC deu início à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, sinalizando que deve repor integralmente os contratos equivalentes à venda futura de dólares.

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