Dólar recua para R$ 3,71 antes do anúncio do PIB dos EUA; Bolsa cai

Às 10h04 (horário cearense), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,36%, para R$ 3,713

Escrito por Folhapress ,

O dólar recua em relação ao real nesta terça-feira (24), acompanhando a desvalorização da moeda americana no exterior. A queda ocorre antes da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos do terceiro trimestre de 2015 e em dia de volume reduzido. Já a Bolsa brasileira cai pressionada pelas ações de bancos, que têm o maior peso no principal índice do mercado acionário.

Às 11h04, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 0,36%, para R$ 3,713. No horário, o dólar comercial, usado em transações de comércio exterior, tinha desvalorização de 0,58%, também para R$ 3,713. Das 24 principais moedas estrangeiras, 16 ganhavam força em relação ao dólar no horário.

Já o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, caía 0,41%, para 47.950 pontos, às 11h04. O índice era pressionado pela queda de cerca de 1% dos papéis de bancos.

Os investidores aguardam a divulgação do PIB americano. O centro das expectativas da agência internacional Bloomberg indica que a economia dos EUA cresceu 2,1% no terceiro trimestre do ano, leve aumento em relação à primeira leitura, que foi de expansão de 1,5%.

Caso se confirme, o dado representaria uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,9% da economia americana no segundo trimestre do ano. Apesar de a expansão ser menor, analistas afirmam que isso não deve ter impacto sobre a expectativa de aumento de juros nos EUA na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americana), em dezembro.

A mudança deixaria os títulos do Tesouro americano, cuja remuneração reflete a taxa de juros, mais atraentes que aplicações em mercados emergentes, considerados de maior risco, pressionando a cotação do dólar para cima. Os juros futuros nos EUA mostram chance de 74% de aumento da taxa de juros americana em dezembro.

O volume negociado no mercado cambial está baixo, com investidores já reduzindo suas operações antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, na quinta-feira.

Aqui, os investidores ficam atentos à votação no Congresso do Orçamento de 2016 e da mudança meta fiscal de 2015.

O Banco Central também anunciou dois leilões extraordinários de linha de crédito, totalizando US$ 500 milhões, para aumentara liquidez em dólar. A operação, que não tem o objetivo de rolar contratos já existentes, acontecerá em duas etapas: entre 15h15 e 15h20 serão ofertados dólares com recompra em 2 de março de 2016; e entre 15h30 e 15h35, com recompra em 2 de junho de 2016.

Além disso, a autoridade monetária deu continuidade nesta terça-feira a seus leilões diários de swaps cambiais (operação que equivale a uma venda futura de dólares).

No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos não mostravam uma tendência definida na BM&FBovespa. O contrato de janeiro de 2016 operava estável em 14,170% às 10h57. Já o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,170%, ante 15,210% na sessão anterior.

Bolsa

O principal índice da Bolsa brasileira opera em queda nesta terça-feira, acompanhando o mau humor nos mercados acionários europeus, afetados por uma crise geopolítica entre Turquia e Rússia após a derrubada de uma avião militar russo perto da fronteira com a Síria.

Contribui para a queda do Ibovespa a desvalorização das ações de bancos e da Vale. Às 10h59, os papéis do Itaú Unibanco tinham queda de 1,19%, enquanto as ações preferenciais do Bradesco caíam 1,76%.

As ações da Vale têm nova queda nesta sessão e, às 11h02, os papéis preferenciais da mineradora perdiam 0,76%, para R$ 11,74, enquanto os ordinários sofriam desvalorização de 1,12%, para R$ 14,09.

As ações da Petrobras sobem, apesar de a empresa ter informado perda de R$ 676 milhões com a empresa Sete Brasil, de sondas de perfuração. Às 11h01, as ações preferenciais da estatal -mais negociadas e sem direito a voto- subiam 0,24%, para R$ 8,10, enquanto as ordinárias -com direito a voto- tinham valorização de 0,81%, para R$ 9,93.

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