CNDL: alta da Selic freia o consumo das famílias

A entidade, que representa 450 mil lojistas em todo o País, considera que elevação da taxa básica por si só não será capaz de frear a alta dos preços.

Escrito por Redação ,
Uma das mais demoradas definições em torno da taxa básica de juros, a Selic, repercute negativamente entre os setores da economia. Para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, o aumento em 0,5% ponto percentual, passando de 13,75% para 14,25 ao ano, segundo decisão tomada nesta quarta-feira (29) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, irá frear ainda mais o consumo das famílias e crescimento da economia brasileira.
 
A elevação atingiu o maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 14,75% ao ano. A autoridade monetária também indicou que os juros devem apresentar as mesmas condições nos próximos meses como medida para reter a inflação.
 
Para Honório Pinheiro, a elevação dos juros em 0,5% não será capaz de resolver o aumento dos preços. "O Governo já vem realizando alguns ajustes, mas mortificar a atividade econômica, o consumo e os setores produtivos não será a solução. O aumento da taxa vai reduzir ainda mais a expansão de crédito e a geração de empregos", afirmou Pinheiro. "O país agora deve ser movimentar para aprovar a jornada flexível de trabalho e fazer um sacrifício político para reduzir a alta carga tributária que assola comerciantes e é repassada aos consumidores", concluiu.  
 
 
Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.