Câmara de Fortaleza aprova tributação de 5% de ISS sobre Netflix e Spotify

O texto seguirá para sanção do prefeito Roberto Cláudio

Escrito por Redação ,
O Plenário da Câmara Municipal de Fortaleza aprovou, nesta quinta-feira (16), em segundo turno, a tributação de alíquota de 5% de Imposto Sobres Serviços (ISS) para plataformas de streaming como Netflix e Spotify
 
A tributação foi aprovada no Projeto de Lei Complementar 44/2017, que altera o Código Tributário Municipal da cidade. Outros serviços também serão afetados com a mudança no Código. O texto do projeto foi aprovado com sete emendas.
 
> Comissão aprova 5% de ISS para tributar Netflix 
 
O projeto de lei irá para redação final e depois será enviado para sanção do prefeito Roberto Cláudio, que pode aprovar ou vetar as emendas.
 
Serviços afetados
 
A reforma do ISS no Código Tributário Municipal não deve afetar apenas Netflix e Spotify, mas também outros serviços cuja a transmissão de áudio e vídeo se dão através de uma rede qualquer de computadores sem a necessidade de efetuar downloads do que está sendo visto ou apenas ouvido.
 
Entram na lista que deve ter tributada pelas prefeituras HBO Go, FOX Play, Amazon Go, Globo Play, Watch ESPN, Deezer, Telecine On Demand, entre outros que estejam "processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e congéneres".
 
Entenda mais
 
Nesta segunda-feira (13), a proposta que altera o Código Tributário Municipal de Fortaleza, implicando na tributação sobre serviços de streaming como Netflix e Spotify foi aprovada pela comissão especial criada na Câmara Municipal de Fortaleza especialmente para analisar o texto encaminhado pelo prefeito Roberto Cláudio. 
 
Mês passado, quando o assunto tornou-se público, o prefeito Roberto Cláudio afirmou que o objetivo da medida é cumprir uma determinação federal de dezembro do ano passado, sancionada pelo presidente Michel Temer.
 
"O Brasil inteiro vai ser obrigado a legislar sobre isso, porque essa lei federal modificou a tributação de ISS para algumas atividades novas e os municípios todos estão fazendo leis neste ano, então nós mandaremos o novo código tributário com todas essas modi¡cações que a lei complementar nos impõe", disse o prefeito, à época.
 
"A rigor, a gente já é obrigado a tributar independentemente da lei. Não é nem o interesse de arrecadar mais, é muito mais para a gente se proteger, buscar o cumprimento da lei, sob o risco de cometer uma ação de improbidade", acrescentou Roberto Cláudio. A Lei Complementar torna ato de improbidade administrativa a concessão de benefícios fiscais com ISS, sendo a tributação mínima de 2%.
 
Exemplos nacionais
 
Sob o mesmo argumento, o prefeito de São Paulo levantou a questão na cidade do Sudeste em setembro deste ano, o que despertou o interesse a ira de internautas pelo País. Por lá, a proposta era de incidir uma alíquota de 2,09% sobre para plataformas de streaming de vídeo e de áudio e foi aprovada pelos vereadores da cidade.
 
A decisão de se adequar à determinação federal também foi tomada em outras cidades pelo País, como Palmas, Porto Alegre e Recife, que já conseguiram a aprovação da cobrança nas Câmaras Municipais. Já Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC) e João Pessoa (PB) encaminharam projetos ao Legislativo e aguardam aprovação, assim como Fortaleza.
 
As prefeituras de Rio Branco (AC), Manaus (AM), Porto Velho (RO), e Curitiba (PR), pelo falado na imprensa nacional, estão elaborando projetos visando o mesmo objetivo.
 
A insatisfação, no entanto, tem tomado conta da internet pelas redes sociais, onde as pessoas protestam contra as medidas dos governos municipais.
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