Ata repete que projeção do IPCA 2017 no cenário de referência está em 4,4%

A ata informou ainda que a inflação prevista no cenário de referência para 2018 está em torno de 3,6%

Escrito por Estadão Conteúdo ,

A ata do Banco Central (BC) divulgada na manhã desta terça-feira (6) repetiu as expectativas para a inflação de 2017 que foram divulgadas na semana passada, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a Selic de 14,00% para 13,75% ao ano.

No cenário de referência, que utiliza taxas de câmbio e juros inalteradas em R$ 3,40 e 14% ao ano, a projeção de inflação para o próximo ano está em torno de 4,4% e, no de mercado, próxima a 4,7%.

Na ata desta segunda, o Copom também repetiu a previsão contida no comunicado para a inflação de 2016. Tanto no cenário de referência quanto no de mercado, a projeção para o IPCA neste ano está em torno de 6,6%.

A ata informou ainda, assim como no comunicado do Copom, que a inflação prevista no cenário de referência para 2018 está em torno de 3,6%. No cenário de mercado, a projeção é de 4,6%. Para os três anos - 2016, 2017 e 2018 -, o centro da meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 4,5%. Há dois pontos porcentuais de tolerância para este ano e 1,5 ponto porcentual para 2017 e 2018.

Na prática, isso significa que as projeções pelo cenário de referência do BC indicam inflação levemente acima do teto da meta em 2016; pouco abaixo do centro da meta em 2017; e abaixo do centro da meta em 2018. Pelo cenário de mercado, as projeções indicam inflação levemente acima do teto da meta em 2016; acima do centro da meta em 2017; e levemente acima do centro da meta em 2018.

No Relatório de Mercado Focus publicado nesta segunda-feira (5) as instituições financeiras projetam inflação de 6,69% em 2016, 4,93% em 2017 e 4,50% em 2018.

No comunicado do encontro da semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que a intensificação do ritmo de cortes da Selic dependerá das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos seguintes fatores de risco: o possível fim do interregno benigno para os países emergentes, a inflação de serviços e o andamento do ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, sinalizou que a atividade mais fraca que o esperado pode intensificar o ritmo de desinflação.

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