Oi teve perdas na geração de caixa

Escrito por Redação ,
Legenda: A geração de caixa operacional líquida do grupo Oi foi negativa em R$ 4,54 milhões em novembro, após resultado negativo em outubro
Foto: FOTO: ENY MIRANA

Brasília. Duas semanas após a homologação do processo de recuperação judicial, a Oi informou que teve uma queda na geração de caixa nos meses de outubro e novembro. Em comunicado encaminhado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e divulgado pelos administradores judiciais da empresa na última segunda (22), foi reportado que a geração de caixa operacional líquida do grupo foi negativa em R$ 454 milhões em novembro, após resultado também negativo de R$ 238 milhões em outubro.

Segundo a empresa, a redução se deu em razão do menor número de dias úteis ante outubro. A rubrica de recebimentos teve redução de R$ 204 milhões, alcançando R$ 2,689 bilhões. Os investimentos foram de R$ 391 milhões, ante R$ 410 milhões em outubro. Enquanto isso, a conta de pagamentos teve alta de R$ 31 milhões, chegando a R$ 2,75 bilhões. O resultado das operações mostra que a operadora teve uma perda, em novembro, de R$ 447 milhões em seu caixa, recuando para R$ 6,877 bilhões. Mesmo assim, o valor ainda é superior aos R$ 4,2 bilhões que a empresa disse ter no caixa em junho de 2016, quando entrou em recuperação judicial.

Société Mondiale

O fundo Société Mondiale, do empresário Nelson Tanure, reduziu participação na Oi. Em comunicado divulgado na noite dessa segunda (22), a operadora informou que o fundo vendeu, no dia 19 de janeiro, 30% dos papéis da Oi que detinha. Após a venda de 13 milhões de ações ordinárias, o Société, que antes tinha 5,28%, passou a deter o equivalente a 3,67% do capital social da empresa.

Em carta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo disse que a redução não visa a alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da operadora.

Anatel

Durante esse período, a Oi travou uma intensa disputa judicial com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em torno de uma dívida de cerca de R$ 14 bilhões em multas e em créditos tributários. A Anatel lutou na Justiça para que esse montante fosse retirado do total da dívida da empresa.

Para resolver o impasse com as multas da Anatel, o governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), chegou a considerar uma medida provisória que permitisse o parcelamento dos créditos. Mas a iniciativa foi descartada.

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