Novo serviço de delivery deve render R$ 250 mil

Chega a Fortaleza um novo serviço de delivery que permite que os motoboys da Capital façam um cadastro em uma plataforma online, que contém vários restaurantes, sendo contactados apenas no momento da solicitação da entrega. A iniciativa, da empresa Rapiddo, oferece uma logística de serviço similar à dos aplicativos de solicitações de táxis, e promete gerar, até o fim do ano, um faturamento superior a R$ 250 mil para os restaurantes que aderirem à plataforma, e renda extra de pelo menos R$ 50 mil para os entregadores.

Em Fortaleza, a empresa já conta, desde o dia 12 de setembro, com o delivery de três filiais da rede McDonald's, na unidade da Avenida Engenheiro Santana Júnior e nas duas filiais da Avenida Santos Dumont. Até o final deste mês, entram no sistema as lojas Washington Soares, Benfica e Del Paseo, e na primeira semana de outubro, as lojas Via Sul e Fátima. Antes da adesão ao serviço, o McDonald's não estava fazendo entrega à domicílio.

"O cliente pode fazer o pedido pelos canais tradicionais, ligando pra loja ou por aplicativo. A unidade filial coloca o pedido no nosso sistema, solicitando o motoboy mais próximo, que leva rapidamente a entrega. Fortaleza ainda é carente desse tipo de serviço", explicou o CEO da Rapiddo, Guilherme Bonifácio, ressaltando que a maioria das empresas da capital Cearense não possui tecnologia suficiente para acompanhar a qualidade e a eficiência do serviço de entrega à domicílio oferecido.

Projeção

O sistema já conta com 100 motoboys cadastrados na cidade de Fortaleza e deve chegar a 200 no fim de setembro. A expectativa é que a empresa termine o ano de 2016, com 50 clientes, entre restaurantes, clínicas médicas e laboratórios, bancos e escritórios de diversos segmentos, para entregas de exames e documentos, num total de 16 mil pedidos aos estabelecimentos.

As projeções para 2017 da atuação da plataforma em Fortaleza são otimistas, com a perspectiva de atender 160 mil pedidos, gerando uma renda na casa de R$ 1,2 milhões para os entregadores, e faturamento superior a R$ 8 milhões para os restaurantes, considerando apenas as entregas expressas por meio da plataforma Rapiddo.

De acordo com Bonifácio a empresa encontrou facilidade em entrar no mercado de Fortaleza. "A plataforma já existe, e por isso, não tem um investimento tão alto no sentido tecnológico. O que a gente busca é expandir o nosso serviço para outros restaurantes", enfatizou.

Como funciona?

O novo modelo de negócios cadastra profissionais autônomos para a função de motoboy. O entregador não fica fixo em apenas um estabelecimento, e sim, rotativo entre todos os restaurantes inscritos na plataforma de entrega à domicílio.

De acordo com Bonifácio, a vantagem desta logística é porque beneficia tanto o restaurante, que gastará menos com a contratação desses funcionários, como melhora a renda dos motoboys, por trazer uma receita adicional ao profissional.

O sistema Rapiddo cobra R$12 por entrega ao restaurante, deste total, 30% fica com a empresa e 70% com o motorista. O CEO da empresa, enfatiza que normalmente o restaurante ou fast food repassa apenas parte desse valor aos clientes, e por isso, dificilmente será cobrado esse preço cheio.

"No primeiro momento vamos procurar muitos restaurantes que sempre quiseram fazer entrega, mas nunca conseguiram por conta da dificuldade de encontrar um serviço de qualidade", explica Bonifácio, ressaltando que as pessoas que já possuem uma emprego em horário comercial, por exemplo, podem se cadastrar no sistema como motoboys, conseguindo assim, uma renda extra.

Cadastro

Interessados em se tornar motoboy da plataforma de entregas, ou em cadastrar o restaurante para oferecer delivery, pode realizar o cadastro no site do Rapiddo. Um dos requisitos para garantir a vaga de entregador é de que o profissional seja microempreendedor individual.

O Rapiddo conta com mais de três mil motoboys em sua plataforma, espalhados por São Paulo, Campinas (SP), Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Fora do País, a empresa mantém operações na Colômbia e no México.