NE é 2º em contrato por intermediários

Escrito por Redação ,

Rio. O Nordeste é o segundo do País em empregados contratados por intermediários. São 22,4% do total de 9,8 milhões de pessoas em todo o Brasil nesta situação. A região só perde para o Norte, onde 22,7% dos contratos são via intermediário.

A Região Sul tem o menor índice, de 16,6%. A contratação indireta é maior entre os trabalhadores que recebem de meio a um salário mínimo, grupo em que 20% têm esse tipo de relação de trabalho.

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.8,3 mi atuam em condições piores do que o acordado 

Os dados estão no suplemento Aspectos das Relações de Trabalho e Sindicalização, que utilizou informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divulgado ontem (26) pelo IBGE.

Na atividade agrícola são 187 mil pessoas, o que corresponde a 5,1% do total. Já na área não agrícola, são 9,6 milhões, ou 20% dos empregados. A contratação intermediária é utilizada para trabalho temporário.

Perfil

A atividade com maior percentual de terceirização é a construção, com 28,3%, seguida pelos serviços, com 20,6%.

Enquanto entre as pessoas brancas a contratação indireta é de 18,1%, entre pretas e pardas chega a 19,6%, de acordo com os dados do IBGE.

Nas atividades não agrícolas, 30,4% das pessoas contratadas com intermediários são via empresa locadora de mão de obra e 64,7% por pessoa intermediária. No setor agrícola, as empresas foram citadas por 41,1% das pessoas, "gato" ou empreiteiro por 46,3% e cooperativas, por 6,9% dos trabalhadores.

Satisfação

A grande maioria se diz satisfeito com as condições de trabalho, indicador que chega a 70,7% do total de empregados, segundo a pesquisa nacional.

Quando considerados todos os trabalhadores do setor privado e do emprego doméstico, foi medido também o grau de satisfação e acesso a benefícios.

De acordo com a pesquisa, apenas 41,4% recebiam auxílio-alimentação, 49% possuíam benefícios sociais, outros 62,7% tinham acesso a processo de capacitação profissional.

Mesmo assim, o grau de insatisfação dos contemplados pelos benefícios foi alto: 25,3% estavam insatisfeitos com o auxílio-alimentação; 18,4% estavam descontentes com a jornada de trabalho; 31,9% estavam insatisfeitos com o nível de remuneração; 24,4% consideravam insatisfatórios os benefícios complementares oferecidos.

O levantamento foi feito em parceria com o Ministério do Trabalho e Previdência Social e com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e considera empregados no setor privado e trabalhadores domésticos.

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