Meta do superávit fiscal é de R$ 10 bi

Escrito por Redação ,

Brasília. Mesmo com o aumento dos gastos e a piora da arrecadação, o governo previu que as contas do setor público vão fechar o ano no azul, com um superávit de R$ 10,1 bilhões. A previsão, que consta no relatório de receitas e despesas do Orçamento enviado nesta sexta-feira (21), ao Congresso Nacional, funciona na prática como meta a ser perseguida até o final do ano.

Essa previsão de superávit leva em consideração um abatimento de R$ 106 bilhões dos investimentos realizados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das desonerações tributárias.

A área econômica destaca que a ampliação do abatimento da meta de resultado primário, em tramitação no Congresso Nacional, possibilitará a preservação dos investimentos prioritários, a continuidade da redução da desigualdade social, além de garantir a manutenção da competitividade da economia nacional por meio das desonerações de tributos. "Sem as desonerações tributárias e os investimentos, poderá haver comprometimento das conquistas nos campos social e econômico alcançadas pela sociedade brasileira nos últimos anos", justifica o relatório. A previsão de receitas líquidas caiu em R$ 38,371 bilhões e a estimativa de despesas subiu R$ 32,3 bilhões.

Crescimento

Diante do fraco desempenho da atividade econômica no primeiro semestre, a equipe econômica reduziu de novo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. A estimativa caiu de 0,9% para 0,5%. Os analistas do mercado financeiro projetam, segundo a última pesquisa semanal Focus do Banco Central, uma alta de apenas 0,21% para o PIB deste ano.

A nova projeção de PIB do governo foi incluída no 5º relatório bimestral de reprogramação do Orçamento. A estimativa de PIB é usada como parâmetro para as projeções de receitas e despesas. A primeira previsão do governo era de que o PIB cresceria 2,50% este ano.

Inflação

Para o IPCA - índice que mede a inflação oficial do País -, a previsão anterior, que constava no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2015, era de 5%. Agora, a projeção subiu para 6,10%. Apesar de revisar para pior os números, a expectativa do governo continua mais otimista que a do mercado. Pelo boletim Focus, levantamento do Banco Central que reúne as previsões de cerca de 100 analistas, a previsão mediana para a inflação é de 6,40%

O governo também mudou as perspectivas para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna, de 5,50% para 6,50%.

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