Mercado externo ameniza a crise

Escrito por Redação ,
Legenda: Câmbio e baixa nos juros foram alguns dos motivos que impulsionaram o avanço da produção de couros no Ceará

O setor de couros, que é analisado junto com os dados de calçados e ficou em terceiro lugar em expansão no Panorama Industrial da Fiec, em janeiro, com 10,5% de avanço também já percebeu sinais de melhoras.

Para a diretora do Sindicato da Indústria de Curtimento de Couros e Peles no Estado do Ceará (Sindicouros/CE), Roseane Medeiros, o setor de couro é mais exportador e isso facilitou para sentir menos a crise.

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"O mercado financeiro funciona com as pessoas acreditando nele. De qualquer forma, a redução nas taxas de juros, apesar de altas, colaborou e, também, a questão de existir uma gestão competente na economia", diz.

Outro ponto levantado pela executiva é a taxa de câmbio que ajuda na exportação. "Couro é commodity e o preço está muito vinculado ao dólar. Se ele melhora, as empresas exportam mais e isso estimula toda a produção", afirma Medeiros.

Destinos

Os principais países compradores atualmente do couro cearense, que é, na verdade apenas beneficiado no Estado, são China, Itália, Hungria e Vietnã.

"São empresas americanas que produzem nestes locais", conta a diretora. Além de usar para produção de roupas, as peles têm destaque no setor moveleiro e automotivo.

A perspectiva para este ano é de aumento de produção em relação a 2016, mas ainda não dá para prever a porcentagem, segundo Medeiros.

Ela também é presidente da CV Couros e revela que a empresa continuará apostando no segmento de moda, onde os clientes exigem qualidade. (CK)

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