M. Dias Branco investirá R$ 803,2 mi em cimenteira

Escrito por Redação ,
Legenda: O empresário Ivens Dias Branco e o Banco do Nordeste assinaram, ontem, o contrato de financiamento para a nova cimenteira, que será instalada no município de Santo Amaro das Brotas, em Sergipe

Com um investimento de R$ 803,2 milhões, o grupo cearense M. Dias Branco irá construir uma nova fábrica de cimento em Santo Amaro das Brotas, em Sergipe. Com o novo empreendimento funcionando, o grupo deverá realinhar a estratégia de vendas de suas duas cimenteiras no Ceará, que deverão distribuir a produção entre o mercado local e o dos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.

"Cimento é uma mercadoria na qual o frete influi muito, e o Nordeste tem uma superfície relativamente grande. Eu acho que é importante se localizar estrategicamente, onde haja a matéria-prima, onde você possa explorar a matéria-prima do local e onde você discipline as distâncias", justifica o presidente do Conselho de Administração do grupo, Ivens Dias Branco.

O empresário assinou ontem, na sede do Banco do Nordeste (BNB), o contrato de financiamento para a nova cimenteira. O valor do contrato é de R$ 642,52 milhões, o equivalente a 80% do valor do empreendimento, com prazo total de 12 anos para o pagamento. Os R$ 160,68 milhões restantes serão aplicados com recursos próprios do grupo.

Ceará

Ivens informa que as duas cimenteiras que o grupo possui no Ceará, uma no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e outra no município de Quixeré, na Chapada do Apodi, estão funcionando a pleno vapor. "No Apodi, nós temos calcário de altíssima qualidade. E com localização ao lado do Rio Grande do Norte, dentro do Ceará, pode atingir a ponta do Nordeste, essa ponta setentrional. E, no caso de Sergipe, onde também devemos estar localizados, é um local de boa matéria prima, conforme foi detectado. Também estar na outra ponta estrategicamente é fundamental, por isso é que nós estamos no instalando lá".

A cimenteira do grupo, em Sergipe, é o maior projeto de financiamento firmado este ano no BNB. Durante a cerimônia de assinatura do contrato, o presidente da instituição, Nelson de Souza, destacou os números preliminares do Banco neste ano, que afirmou serem bastante alvissareiros. "Não fechamos ainda, mas, com certeza, o balanço financeiro será o maior da história do Banco do Nordeste. O balanço social já é, na minha avaliação, o melhor das instituições financeiras", garantiu.

Segundo ele, serão aplicados, por meio do FNE, cerca de R$ 15 bilhões este ano. "No geral, em 2013, foram R$ 23 bilhões e vamos nos aproximar de R$ 28 bilhões este ano, que também é o maior da história em aplicação de recursos", adiantou. Para 2015, ele diz que a meta, que está sendo finalizada, passará de R$ 30 bilhões. Conforme o superintendente do BNB no Ceará, João Robério Pereira de Messias, deverão ser aplicados, do FNE, R$ 1,7 bilhão em investimentos no Ceará.

Grupo arremata moinho por R$ 72,5 mi

Por R$ 72,5milhões - com entrada de R$ 3,125 milhões e o restante a ser pago em 120 dias - o Grupo M. Dias Branco, líder do mercado nacional de massas e biscoitos - arrematou, ontem, em leilão judicial, um moinho de trigo localizado na cidade de Rolândia, interior do Paraná.

O moinho está encravado em um imóvel pertencente ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Segundo Fato Relevante enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) logo após o fechamento do pregão da Bovespa, o imóvel tem dois lotes que, no conjunto, somam uma área de 94.483 m². Nele, está o moinho instalado de trigo cuja área construída é de 9.195 m². Ele tem - assinala o Fato Relevante - "equipamentos de moagem com capacidade de produção de 400 toneladas por dia de farinha de trigo e farelo de trigo.

O empresário Ivens Dias Branco, controlador do Grupo M. Dias Branco, disse, logo após a divulgação do Fato Relevante, que essa nova aquisição "se insere na estratégia da companhia de acelerar o processo de verticalização de suas plantas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, ampliando a eficiência de sua estrutura de produção de derivados do trigo". Ivens informou, ainda, que a aquisição será submetida à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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