Levy apoia trocar data de reajuste

Escrito por Redação ,
Legenda: Segundo o jornal O Globo, há membros da equipe ecônomica que acreditam em uma retração maior do PIB em 2016, caso os reajustes sejam adiados

Brasília. Em uma ação de bastidores, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem apoiado uma proposta de adiar o reajuste do salário mínimo em 2016. A postergação é sugestão de parlamentares feita ao governo durante as negociações do Orçamento. Segundo apurou a reportagem, a ideia foi apresentada aos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e a Levy pela consultoria da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.

Entre as medidas em discussão levadas pela CMO para fechar o orçamento do próximo ano estava o adiamento do reajuste dos servidores públicos e do salário mínimo de janeiro para maio do ano que vem. Na ocasião, a medida foi apresentada ao ministro do Planejamento, que assumiu posição contrária. Já Levy, viu com simpatia. A presidente Dilma Rousseff não deu aval a proposta e deu o assunto por encerrado. Levy não se deu por satisfeito e continuou apoiando a proposta. No entanto, um adiamento neste sentido causaria problemas políticos para o governo e poderia colocar em risco o trabalho dos últimos meses do Palácio do Planalto para diminuir os atritos com o Congresso e melhorar a popularidade da presidente

Força no Congresso

Um fonte envolvida nas negociações com o Congresso Nacional se queixou que, com o apoio do ministro Levy, a proposta acabou ganhando força no Congresso. Há duas semanas, havia proposta em discussão para uma adiamento ainda maior do reajuste dos servidores. Pela proposta original, o aumento seria adiado de janeiro para agosto de 2016, com ganho de R$ 7 bilhões. A proposta agora empurra para novembro o adiamento.

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