Latam vai subir preços de malas despachadas

Escrito por Redação ,
Legenda: Em maio do ano passado, a Latam passou a cobrar por bagagens despachadas após resolução da Anac
Foto: FOTO: HELENE SANTOS

A partir do dia 29 de janeiro, a Latam irá aumentar os valores da franquia de bagagem despachada em voos nacionais. Agora, a primeira bagagem despachada implicará em R$ 40 a mais no bilhete aéreo. Para a segunda e a terceira peça serão cobrados R$ 60 e R$ 80, respectivamente. Os valores valem para a compra da franquia pelo site ou central de vendas, antes do momento do check-in.

Para os que deixarem para comprar a franquia de bagagem na hora de viajar, no aeroporto, os valores permanecem os já praticados pela companhia. Nessa situação, a Latam cobra R$ 80 na primeira mala, R$ 110 pela segunda e R$ 200 pela terceira.

Atualmente, o consumidor que voar Latam precisa desembolsar R$ 30 em voos nacionais, no caso da primeira peça. A segunda e a terceira custam R$ 50 e R$ 80, respectivamente. Para quem compra antecipado, antes do check-in, mas depois da compra da passagem, os valores cobrados atualmente são R$ 50, R$ 80 e R$ 110 para a primeira, segunda e terceira mala.

No dia 29, a tabela com os novos preços estará disponível no site da companhia. Em nota, a Latam informou que "a partir de 29 de janeiro de 2018, a forma de cobrança e os valores do serviço de despacho de bagagens serão alterados".

"A companhia não fará mais distinções entre os valores cobrados no momento da emissão do bilhete e de forma antecipada, a qualquer momento antes do embarque. Assim, os passageiros que adquirem a segunda, a terceira ou mais peças adicionais pagarão um valor menor ao adquirirem o serviço pelo site latam.Com ou pela Central de Vendas, Fidelidade e Serviços", disse ainda a empresa em nota.

Em maio do ano passado, a Latam anunciou que passaria a cobrar pela franquia de bagagem. A mudança, adotada também por outras companhias no ano passado no Brasil, decorreu das mudanças nas regras para o transporte aéreo no País aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em março do ano passado, permitindo que as aéreas alterassem suas políticas de bagagens, inclusive com a cobrança pelas malas despachadas em voos domésticos e internacionais.

Anac

Pouco tempo após ser anunciada, a medida, considerada polêmica, chegou a ficar suspensa, após a Justiça Federal em São Paulo conceder liminar contra a norma que autoriza as aéreas a efetuar a cobrança. A decisão atendia a pedido do Ministério Público Federal (MPF) contra a resolução da Anac.

Na ação, o MPF havia argumentado que "a cobrança feria os direitos do consumidor e levaria à piora dos serviços mais baratos prestados pelas empresas". O MPF havia dito ainda que a Anac havia feito a mudança sem analisar a estrutura do mercado brasileiro, nem o impacto da medida sobre os passageiros com menor poder aquisitivo. Um dia depois, a Anac recorreu da decisão liminar da justiça federal.

Em abril, a Justiça Federal no Ceará concedeu decisão suspendendo os efeitos da liminar que impedia parcialmente as aéreas de cobrarem por bagagem despachadas em voos domésticos e internacionais.

No pedido de suspensão da liminar, a Anac também reiterou o argumento de que a franquia de bagagem prevista antes da resolução, de 23 quilos por passageiro em voos nacionais, estava muito além da média utilizada pelos usuários, de até 12 quilos.

Além da possibilidade de cobrança por bagagem despachada, a mudança da Anac em 2017 também dizia respeito ao peso da bagagem de mão, que passou de 5 quilos para 10 quilos.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.