Juro do cheque especial chegou a 191,6% ao ano

Nos últimos 12 meses, essa modalidade de crédito acumula alta de 45,2 pontos percentuais

Escrito por Redação ,
Legenda: A taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 4,9% em novembro ante 5,0% de outubro, de acordo com o Banco Central
Foto: FOTO: FÁBIO LIMA

São Paulo. As taxas de juros para crédito com recursos livres voltaram a subir em novembro e chegaram a 33% no mês passado. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 44,0% ao ano para 44,2% ao ano, atingindo o valor recorde para a série do Banco Central que começou em 2011. Já os juros para pessoa jurídica aumentou de 23,4% ao ano para 23,5%. A alta é resultado da elevação da taxa Selic.

Em outubro, quando subiram pela primeira vez desde junho, as taxas de juros totais (pessoa física e pessoa jurídica) atingiram o maior percentual desde março de 2011, ficando em 32,9% ao ano. A tendência é de continuidade das altas dos juros como reflexo do atual ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central.

Taxa básica

Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano e a expectativa divulgada pela pesquisa Focus nesta segunda-feira (22) é de que a taxa suba para 12,25% na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de 2015.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 187,8% ao ano para 191,6% ao ano na mesma comparação - uma alta de 3,8 pontos percentuais no mês. Em 12 meses, essa modalidade acumula alta de 45,2 pontos percentuais. Para o crédito pessoal, a taxa subiu de 45,9% ao ano para 46,1% ao ano.

Para veículos adquiridos por pessoa física, o juro médio passou de 23,0% em outubro para 22,7% em novembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, ficou estável em 21,3% ao ano em novembro. O juro médio do crédito direcionado permaneceu em 7,9% ao ano na mesma comparação, segundo o BC.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 4,9% em novembro ante 5,0% de outubro. O dado de outubro foi revisado - antes estava em 4,8%. Desde julho, as taxas estavam congeladas em 5,0%, segundo o Banco Central. Para pessoa física, a taxa ficou em 6,5% em novembro, assim como já estava em outubro.

A taxa do mês anterior era de 6,4%. Para as empresas, caiu de 3,6% para 3,5%. Em outubro, a taxa que constava era de 3,4%. A inadimplência do crédito direcionado seguiu em 1,0% de outubro para novembro.

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