Ipea: mercado de trabalho dá sinais de novo ânimo

Escrito por Redação ,

Rio. A Carta de Conjuntura, divulgada na última quinta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sinaliza o surgimento de novo ânimo no mercado de trabalho, ou seja, evidencia que está começando a ocorrer uma reversão do cenário negativo no setor. A economista do Ipea, Maria Andréia Parente, observou que o cenário do mercado de trabalho, que vinha piorando, deu uma "estacionada" há dois meses e agora, no segundo trimestre, começou a dar sinais de que está se recuperando.

> Trabalho temporário deve gerar 3,3 mil vagas no Estado até dezembro
> Comércio estima mais mil postos até o fim do ano 

"De forma agregada, a gente viu uma taxa de desocupação caindo, combinando (com) um aumento da ocupação, porque até então você tinha que a ocupação começou a cair menos. Já no último trimestre móvel até julho, apesar de a ocupação mostrar variação pequena (+0,2%), essa é a primeira variação positiva em dois anos", destacou. "Então, já é um sinal".

Informalidade

O aumento da ocupação está ocorrendo no mercado informal. Mas quando se olha o mercado formal há indicativos que o quadro está também melhor. Um indicativo disso é a redução do ritmo de demissões. "O mercado formal já está demitindo menos. Ele ainda não contrata no agregado. A população ocupada dele ainda está caindo, mas ele está reduzindo o ritmo de demissão". Ela salientou que outro sinal positivo do mercado formal é dado pelo rendimento. A análise dos rendimentos por vínculo de ocupação mostra que está no mercado formal a maior alta de rendimentos (3,6%).

Por isso o mercado formal está dando alguns indicativos de que está melhor agora do que no passado recente. O desalento também caiu, embora com intensidade reduzida. A Carta mostra que a parcela dos inativos desalentados que achavam que não conseguiriam emprego foi de 44,7% no segundo trimestre, número 2,5% menor que o observado no trimestre anterior. Isso indica alta da esperança ou confiança em alcançar uma vaga.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.