Internet móvel 18% mais barata no País; NE tem vantagens

Bônus em gigabytes (GB) a cada nova recarga para celulares pré-pagos, troca de minutos por dados, ou mesmo o uso gratuito de aplicativos que só funcionam conectados a redes 3G ou 4G tornaram a internet móvel ainda mais difundida entre os usuários brasileiros e fizeram ainda que o preço cobrado para a utilizá-la caísse 18% neste ano ante 2016, segundo aponta a pesquisa 'Desempenho comparado de preços do celular", elaborada pela consultoria Teleco.

Os benefícios oferecidos por Oi, Claro, TIM e Vivo fizeram ainda com que o preço da internet móvel no País ocupasse a quarta posição entre os mais baratos do mundo. Em alguns casos, como na Vivo, clientes de alguns estados do Nordeste possuem uma tabela diferente dos do Sudeste, com planos pré-pago, controle e pós-pago com valores mais baixos.

"O preço da cesta de serviços pré-paga é de US$ 6,00, com tributos. Para fazer a avaliação, foi considerada uma cesta com consumo de pelo menos 500 MB. Na internet móvel pós-paga, a cesta brasileira custa US$ 8,20, com tributos, ocupando a quinta colocação. Sem os impostos, o preço cai para US$ 4,20 no pré-pago e para US$ 5,70 no pós-pago", diz o estudo.

Apenas China, Rússia, Índia e Portugal estiveram acima do Brasil, em um levantamento que considerou "os 18 países que concentram 55% da população e 57% dos celulares do mundo".

Minutos e tributos

Outra estratégia das operadoras de telefonia móvel que vem se convertendo em economia ao cliente é a oferta de ligações ilimitadas para qualquer lugar do País e sem discriminação de operadora. A medida tomada por Claro e TIM mostrou influência no estudo da Teleco, uma vez que o preço do minuto caiu de US$ 0,066 para US$ 0,039, já contabilizados os impostos.

"Se formos considerar os preços sem tributos, o Brasil passa a ocupar a terceira colocação, com o valor US$ 0,027 o minuto. Isso revela que os tributos têm um peso muito significativo no preço dos serviços no Brasil. De acordo com o levantamento, o Brasil tem a maior carga tributária entre os 18 países pesquisados, representando 43% da receita líquida, quase o dobro do segundo colocado, que é a Argentina (26%) e 14 vezes maior que a da China (3%)", atesta o estudo da consultoria.