Internet avança 17,6%; celulares em 1,8 mi de lares

Já o número de residências com telefone fixo atingiu 502 mil no ano passado, conforme o IBGE

Escrito por Redação ,
Legenda: De acordo com a pesquisa do IBGE, 53,1% dos domicílios do País possuíam, em 2013, apenas telefones celulares, acima dos 51,4% de 2012
Foto: Foto: Fabiane de Paula

Fortaleza/Rio/São Paulo. Capazes de acessar à internet, tirar fotos em alta resolução e concentrar aplicativos com as mais diversas funções, os telefones celulares conquistam cada vez mais espaço, prova disso é que, no Ceará, em 2013, o número de domicílios que contavam apenas com telefone celular (1,82 milhão) foi 3,6 vezes maior que o número de residências com telefones fixo e celular (502 mil). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa proporção, no Estado, supera o índice nacional, em que o número de domicílios com telefones fixo e celular (34,6 milhões) é menos que o dobro das residências que contam apenas com celular (23,98 milhões), segundo o estudo do IBGE. O aparelho móvel é prioridade, por exemplo, para o estudante de História Geraldo de Sousa Júnior, 20, que colocou internet 3G em seu celular há um ano.

Ele já tinha internet wi-fi em casa, mas sentiu a necessidade de acesso rápido no celular para baixar documentos, checar e-mails e nas horas livres jogar em aplicativos. "As informações ficam mais acessíveis", afirma Júnior, que, mesmo recebendo mensalmente um salário mínimo, considera prioridade ter internet banda larga móvel.

Acesso à rede

No Estado, o número de lares com computadores conectados à internet em 2013 subiu 17,6% na comparação com o ano anterior, chegando a 732 mil. O dado, entretanto, não chega próximo da quantidade de residências que ainda nem possuem computador, que é de 1,82 milhão de domicílios.

Lenta expansão

Em todo o País, de 2012 para 2013, avançou o número de lares com computadores com acesso à internet, de 40,3% para 43,1%, numa tendência vista desde 2009, primeiro ano em que a Pnad passou a analisar o tema. Apesar da expansão, os dados do levantamento mostram que o número total de pessoas que acessaram a rede nos três meses anteriores à pesquisa (base setembro de 2013) foi de 86,7 milhões, com alta de 2,9% frente a 2013. Foi o menor ritmo de expansão desde 2009.

Esse acesso pode ter ocorrido em casa, no trabalho, na escola, em lan houses, entre outros locais. Os dados não incluem uso de internet em tablets e smartphones. A proporção de internautas na população do País passou de 49,2% para 50,1%. Mais da metade (52,6%) tinha de 10 a 29 anos de idade.

Segundo a pesquisa do IBGE, 53,1% dos domicílios possuem apenas telefones celulares, acima dos 51,4% de 2012. Na outra ponta, apenas 2,7% dos lares tinham só linha fixa -o percentual era de 3% em 2012. O percentual de pessoas de dez anos ou mais de idade com telefone móvel celular aumentou de 72,8% em 2012 para 75,5% em 2013.

Presença da máquina de lavar aumentou 26,5%

Rio/Fortaleza. Presente em cerca de 30% dos domicílios cearenses, a máquina de lavar foi o eletrodoméstico cuja participação nas residências do Estado mais avançou em 2013, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Frente ao ano anterior, o número de famílias com o produto aumentou 26,5%, passando de 650 mil para 822 mil domicílios.

A segunda maior variação entre os eletrodomésticos citados pela Pnad foi a da geladeira, que cresceu 3,9%. Fogão e freezer, por sua vez, aumentaram sua participação nas residências em 2,6% e 2,2%, respectivamente. Em todo o País, as máquinas de lavar avançaram 7,8%. No ano passado, 58,3% dos domicílios brasileiros tinham esse eletrodoméstico.

Alta da renda

A maior aquisição dos chamados bens duráveis é atribuída à elevação contínua do rendimento médio no País, desde 2004. "Se geladeira, TV e fogão estão com porcentuais entre 97% e 99%, o outro bem que a mulher mais quer dentro de casa é a máquina de lavar", diz a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.

Renato Meirelles, presidente do Data Popular, que realiza desde 2001 estudos sobre mercados emergentes do País, lembra que os tens que apresentaram maior aumento proporcional têm grande impacto no dia-a-dia das famílias. "Com a ida da mulher para o mercado de trabalho, o homem não passou a lavar roupa e a dividir as tarefas domésticas. No caso do computador, temos jovens que são mais escolarizados que seus pais nas classes C e D e precisam do equipamento. A penetração da internet entre os jovens é o dobro. São produtos que facilitam o dia-a-dia", comenta Meirelles.

A proporção de residências com TV (97,2%) e fogão (98,8%) ficou estável frente a 2012. Houve queda de 4,4% no número de casas e apartamentos com rádio, que estavam presentes em 75,8% dos lares em 2013. No caso dos aparelhos de DVD, a queda foi de 2,8%. O equipamento chegava a 72,4% dos domicílios.

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