Indústria quer que o Brasil 'restaure postura de dignidade'

Posicionamento foi defendido na festa do Dia da Indústria, quando foi entregue a Medalha do Mérito Industrial

Escrito por Redação ,
Legenda: Everardo Telles (Grupo Telles), Carlos Prado (Itaueira), Beto Studart (Fiec), Camilo Santana (Governo do Estado), Carlos Gama (Construtora Placic), Francisco Gadelha (CNI) e Zezinho Albuquerque (Assembleia Legislativa)
Foto: Foto: Kléber A. Gonçalves

Consciente da relevante dimensão e representatividade político-econômica que possui, o setor industrial do Ceará comemorou, ontem (25), o Dia da Indústria, alertando para a necessidade de assumir uma postura ainda mais firme para mudar o atual cenário de desafios e retomar o crescimento. Durante solenidade realizada pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) no La Maison, o presidente da entidade, Beto Studart, destacou ser necessário "restaurar a postura de dignidade do Brasil e sair da defensiva imposta por este cenário de embaraço nacional em que nos colocaram", referindo-se à nova crise política pela qual o País passa, após virem à tona denúncias envolvendo o presidente da República, Michel Temer.

Ao analisar o quadro atual, o presidente da Fiec destacou que o setor industrial "jamais" fugirá de "suas responsabilidades quando o foco for o País", enaltecendo o papel da indústria para transformar o atual quadro de crise. "Se é nas crises que se revelam as virtudes, conclamo a todos a que assumam seus papéis como protagonistas e façamos deste País a potência que queremos que ele seja", disse.

Para Studart, a solução dos desafios vivenciados pelo Brasil passa pela saída de Temer da Presidência da República que, em sua avaliação, poderia ser ocupada pelo senador cearense Tasso Jereissati.

"Eu acho que a saída de Temer a priori é uma solução ótima. Há homens que estão se enfileirando, como o ex-governador Tasso Jereissati, senador da República, não pelo desejo dele, mas pelo da maioria do Congresso Nacional, que encontra nele uma figura que tem desenvoltura moral muito grande", afirmou o presidente da Fiec.

Studart destacou que, apesar das incertezas políticas atuais, é preciso que as reformas previdenciária e trabalhista prossigam. "Continuamos defendendo firmemente as reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional. É preciso dar continuidade ao rumo que foi traçado sob pena de comprometermos a trajetória da recuperação e cairmos no precipício de uma longa recessão", salientou.

Homenagens

Além da análise do cenário político-econômico nacional, a festa realizada pela Fiec também foi um momento para homenagear industriais e o governador Camilo Santana, que foi agraciado com a Ordem do Mérito Industrial, concedida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Para mim, é uma honra muito grande receber esta homenagem. Isso aumenta ainda mais a minha responsabilidade. No meu governo, eu tenho procurado dialogar com o setor produtivo, que gera oportunidades, empregos no Ceará", declarou o chefe do Executivo estadual.

Relevância

O diretor institucional do Grupo Edson Queiroz, Igor Queiroz Barroso, esteve no evento representando o conglomerado e destacou a importância das homenagens. Também participou da festa o gerente institucional do Grupo, Ruy do Ceará. "É importante a Fiec estar na presidência de Beto Studart prestigiando os grandes nomes, grandes executivos e empresários da nossa sociedade. Fico feliz de estar representando o Grupo Edson Queiroz nesta festa", declarou Igor Queiroz Barroso.

Além do governador, também foram homenageados, na noite de ontem, o empresário do setor do agronegócio, Carlos Prado; o engenheiro civil e construtor Carlos Gama; e o agrônomo e presidente do Grupo Telles, Everardo Telles. Eles receberam a Medalha do Mérito Industrial.

"Acredito e estou torcendo para que o presidente Michel Temer continue (a governar o País) para fazer a mudança e, depois, ele passa o bastão na época em que estava previsto (após as eleições de 2018), defendeu Everardo Telles. De acordo com ele, uma mudança de governo agora não convém, pois é melhor "se evitar um tumulto ainda maior do que já está", avaliou.

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