Impacto na renda será de R$ 51,5 bi

Escrito por Redação ,
Legenda: O ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, defendeu a política de valorização do mínimo
Foto: FOTO: KIKO SILVA

Brasília. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, disse ontem que o reajuste para R$ 880,00 no valor do salário mínimo em 2016 representará o incremento de R$ 51,5 bilhões na renda dos trabalhadores, com impacto na economia.

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"(O reajuste) assegura a 48 milhões de brasileiros uma melhoria da renda, o que significa ampliação de mercado, qualidade de vida e desenvolvimento econômico", disse Rossetto. Inicialmente, o Congresso havia aprovado o salário mínimo de 2016 em R$ 871 reais. Segundo o ministro, o valor foi atualizado para R$ 880 devido ao aumento da inflação. Hoje, o salário mínimo é de R$ 788.

Questionado se o governo considera positivo um reajuste sem ganho real, Rossetto afirmou que é evidente que em anos de melhor desempenho da economia os ganhos são repassados para o reajuste. Ele ressaltou que a regra atual, por iniciativa de Dilma, vale até 2019. A expectativa de mercado para o PIB deste ano, que vai balizar o cálculo para o mínimo de 2017, é de uma retração de 3,7%.

Rossetto defendeu a política de valorização do salário mínimo, que foi responsável por um aumento real de 76% desde 2003. "A renda nacional é responsável por grande parte da dinâmica econômica, mais de 60% do dinamismo. Essa política tem permitido fortalecer e ampliar o mercado interno. Tem diminuído as desigualdades de renda e elevado a qualidade de vida. É uma política correta valorizar e estimular o mercado interno. É um vetor forte do nosso desenvolvimento", afirmou.

Segundo ele, a correção do salário mínimo neste ano pela inflação vai garantir a manutenção do poder de compra dos trabalhadores e, com a expectativa de redução da inflação no próximo ano, poderá haver um ganho ainda maior para os que dependem dessa renda.

Previdência

O ministro do Trabalho e Previdência Social aproveitou para anunciar que será confirmado no início de janeiro do próximo ano o valor do teto previdenciário, que deverá passar dos atuais R$ 4.663 para R$ 5.203. "Neste caso, o reajuste se atém ao INPC", informou.

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