Imóveis financiados em julho giram R$ 4,2 bilhões

Escrito por Redação ,
Legenda: Número contabilizado no 7º mês do ano representa uma alta de 11,7% ante junho de 2017
Foto: FOTO: NATINHO RODRIGUES

São Paulo. O financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança totalizou R$ 4,24 bilhões, alta de 11,7% em relação a junho e de 10,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), este é o maior volume mensal deste ano.

No acumulado do ano, foram financiados R$ 24,79 bilhões, segundo a Abecip, montante 6,2% menor que o apurado em igual período de 2016. Nos 12 meses entre agosto de 2016 e julho de 2017, foram aplicados R$ 44,98 bilhões na aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança, retração de 12,2% em relação ao apurado nos 12 meses precedentes.

Em julho, 16,5 mil imóveis foram financiados nas modalidades de aquisição e construção, de acordo com os dados divulgados pela entidade, e também atingiu o maior patamar do ano, com crescimento de 7,2% em relação a junho. Em termos anuais, o número de unidades financiadas caiu 4,8%.

Nos primeiros sete meses de 2017, foram financiadas aquisições e construções de 99,02 mil imóveis, queda de 16% em relação ao mesmo período de 2016, quando 117,84 mil unidades foram objeto de crédito bancário. Em 12 meses, o financiamento imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 180,87 mil imóveis, queda de 21,8% relativamente aos 12 meses precedentes. Em julho, houve captação líquida positiva nas contas de poupança, mantendo-se a tendência dos últimos meses, com volume líquido de entradas de R$ 1,1 bilhão. No mesmo mês do ano passado, o resultado foi bem diferente, com saídas líquidas de R$ 910 milhões.

Mais vendas, menos estoque

O mercado imobiliário tem mostrado sinais de aquecimento das vendas ao longo do ano, enquanto o lançamento de novos projetos permanece pressionado pelo volume ainda elevado de estoques, conforme mostra pesquisa divulgada ontem, 31, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que abrange dados de 18 cidades e regiões metropolitanas. No segundo trimestre, foram lançados 16.813 apartamentos no País, queda de 10% ante o mesmo período do ano passado. Já as vendas totalizaram 22.685 apartamentos, uma alta de 5,8%.

No acumulado do primeiro semestre, foram lançados 27.882 apartamentos, queda de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Por sua vez, as vendas totalizaram 41.988 unidades, um avanço de 2,6%. Com mais vendas do que lançamentos, as empresas de construção conseguiram reduzir o estoque. A quantidade de imóveis residenciais novos disponíveis para venda no fim de junho chegava a 133.544 unidades, uma baixa de 7,6% na comparação com o fim de junho do ano passado.

"O mercado oferece muitas oportunidades, e as pessoas voltaram a buscar o sonho da casa própria", avalia o presidente da Cbic, José Carlos Martins. Ele ainda acrescenta que a queda nos preços, gerada pela crise econômica, tem incentivado muitos consumidores a fechar negócio para a aquisição ou troca de moradias. "Os estoques estão caindo", afirma Martins.

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