Ibovespa tem segunda alta seguida e termina na máxima

Escrito por Redação ,

Um dos principais eventos aguardados para ontem (19) não pegou a Bovespa aberta. A ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve foi divulgada durante o leilão de fechamento dos papéis do Ibovespa - assim, não houve tempo hábil para fazer preço no mercado doméstico. Num ambiente de especulação sobre a formação da equipe econômica - e data da divulgação para o substituto de Guido Mantega na Fazenda -, o principal índice à vista terminou a sessão com ganhos firmes. O Ibovespa terminou a sessão em alta de 2,58%, aos 53.402,81 pontos. No mês, acumula perda de 2,24% e, no ano, alta de 3,68%. O giro financeiro totalizou R$ 8,001 bilhões.

O desempenho do setor financeiro mais uma vez ajudou a segurar o índice em alta, assim como já havia acontecido na véspera. Com o noticiário mais esvaziado, os investidores decidiram alocar seu dinheiro em papéis de empresas que entregaram bons resultados no último trimestre. Não foi o caso do Banco do Brasil, mas o papel ganhou destaque nas últimas sessões, depois das negociações bilionárias com a Cielo para que esta assuma sua parte operacional de cartões.

Fecharam nas máximas Bradesco PN, com +4,30%, Itaú Unibanco PN, +4,02%, e BB ON, +5,92%. Santander Unit avançou 4,17%. Cielo ON teve ganho de 2,86%. As estatais contribuíram com os ganhos do índice, num movimento de recuperação das perdas recentes e em meio à expectativa de que poderia ser divulgado ontem o novo ministro da Fazenda. Petrobras ON terminou a sessão com ganho de 2,68% a PN, de 2,65%. Vale virou para cima depois de operar em baixa a maior parte do dia e fechou com +0,59% na ON e +0,42% na PNA.

Nos EUA, as bolsas se recuperaram pontualmente após a ata do Fed No documento, considerado mais "dovish" do que se esperava, o Fed disse enxergar riscos negativos maiores para as economia de Europa, China e Japão. Além disso, pontuou que o crescimento dos EUA pode desacelerar no médio prazo se as condições se deteriorarem. A maioria dos membros do Fed também vê a inflação caindo no curto prazo, em parte por conta da queda do petróleo. Às 17h24, Dow Jones recuava 0,16%, S&P, 0,28%, e o Nasdaq, 0,53%

Câmbio - Num dia de agenda com relevantes indicadores domésticos, com IPCA-15, IGP-M e desemprego, o que se sobressaiu no mercado à tarde foi a nova rodada de rumores sobre a equipe econômica do segundo governo Dilma Rousseff. Com isso, o dólar ampliou sua queda à tarde, mas o movimento não teve fôlego longo e a moeda encerrou longe da mínima. O dólar comercial terminou a sessão em baixa de 0,35%, a R$ 2,5800. No mercado futuro, o dólar para dezembro recuava 0,25%, a R$ 2,5845.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.