Hospedagem: oferta avança 6% em Fortaleza

Conforme o estudo, o Ceará está preparado para acomodar 81 mil pessoas simultaneamente

Escrito por Redação ,
Legenda: A quantidade de leitos ofertados na Capital cearense foi a 30.733 no ano passado ante 28.987 em 2011. Já o número de quartos passou de 12.188 para 13.144 no período, mostra estudo do Ministério do Turismo
Foto: FOTO: FERNANDO TRAVESSONI

O número de leitos disponíveis para hospedagem em Fortaleza passou de 28.987 em 2011 para 30.733 em 2016, um incremento de 6%. No período, a Capital teve um incremento de 43 meios de hospedagem, o que representa um avanço de 15,4% no período. Os dados fazem parte de censo encomendado pelo Ministério do Turismo e mostra que Fortaleza tinha 323 meios de hospedagem em 2016 contra 280 em 2016. Dessa forma, cresceu também o número de quartos ofertados na cidade. Segundo o levantamento, houve avanço de 7,8%, com o número passando de 12.188 em 2011 para 13.144 em 2016.

O Estado do Ceará possui 1.162 estabelecimentos de hospedagem, que disponibilizam 31.983 quartos. Assim, o Estado está pronto para acomodar 81 mil pessoas simultaneamente, número de leitos disponíveis.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), Eliseu Barros, é importante olhar para os números lembrando das aberturas em decorrência de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada. "Esse crescimento foi ocasionado por uma propaganda de que tudo ia crescer na Copa e hoje o setor enfrenta muitos desafios", avalia, acrescentando que os turistas domésticos "sustentam a atividade no País". "O turismo internacional no Brasil representa muito pouco".

Brasil

De acordo com a pesquisa, o País está pronto para acomodar 2,4 milhões de pessoas simultaneamente nos quartos disponíveis. O levantamento revela que houve um crescimento de 71% na oferta desse tipo de estabelecimento turístico nas capitais do Brasil de 2011 a 2016. Especialistas confirmam que o salto foi impulsionado pelo ciclo de megaeventos, com a Copa do Mundo e Olimpíada.

São Paulo é o estado que concentra o maior número de meios de hospedagem. Com 507.412 leitos nos vários municípios, é responsável por 21% de toda a oferta nacional. Os quatro estados do Sudeste respondem por 43,1% dos leitos do Brasil.

"O censo dos meios de hospedagem é fundamental para as diversas esferas de governo planejarem as políticas de turismo para os próximos anos. O mercado também tem nesta pesquisa importantes dados para ajudar os empreendedores a tomarem decisões acertadas", comentou o ministro do Turismo, Marx Beltrão. O último levantamento desse tipo foi feito em 2011 apenas com as capitais e regiões metropolitanas. Na ocasião, foram listados 5.036 meios de hospedagem em todas as capitais. Incluindo as regiões metropolitanas, o número subiu para 7.479. No censo atual, a quantidade de estabelecimentos de hospedagem apenas nas capitais brasileiras saltou para 5.791, um crescimento de 15%.

"Os dados indicam que houve um crescimento expressivo na oferta dos meios de hospedagem no Brasil com o ciclo de megaeventos. Além da abertura de novos hotéis, registramos a reforma e ampliação de estabelecimentos que já estavam em funcionamento", destacou Marx Beltrão. "Esse é um legado que temos de trabalhar para movimentar a economia do país. Os hotéis e similares são tipos de estabelecimentos imprescindíveis para o desenvolvimento do turismo", completou.

Belém

Entre as capitais que registraram o maior aumento proporcional na oferta de meios de hospedagem, destaca-se Belém. A maior cidade do Pará registrou um salto de 51% de 2011 para 2016, período em que o número de estabelecimentos preparados para receber os visitantes aumentou de 93 para 141.

A publicação técnica do IBGE, responsável pelo censo, destaca a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) como importantes indutores do desenvolvimento dos meios de hospedagem. "Os grandes eventos internacionais realizados no Brasil nos últimos cinco anos exigiram expressivos investimentos em infraestrutura, como a construção de novos estádios e reforma dos existentes, a ampliação e reaparelhamento de aeroportos e melhoramento da mobilidade urbana", explica o resumo técnico do IBGE. A pesquisa foi realizada em hotéis, motéis, flats, pousadas, entre outros. Não foram considerados o aluguel de imóveis por temporada ou outros.

De acordo com o Estudo da Demanda Turística Internacional - pesquisa realizada com mais de 37 mil visitantes internacionais em 2016 -, o alojamento foi bem avaliado por 95,7% dos entrevistados. Entre 16 itens avaliados, os meios de hospedagem são o segundo mais bem avaliado, perdendo para a hospitalidade do brasileiro, com 98%.

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