GVT quer ampliar atendimento em 10% no Estado

Com ação, operadora deve passar a ter 2.973 novas conexões a partir de um investimento de R$ 50 milhões

Escrito por Redação ,
Legenda: Contacte center da GVT no Ceará, único fora do Paraná

O número de conexões disponíveis na rede da GVT deve aumentar em cerca de 10% até o fim do ano, pelo que planeja a operadora a partir de um investimento total de R$ 50 milhões feito em 2014. Com 297,3 mil linhas ativas no Ceará, atualmente, o incremento implica na abertura de mais 2.973 mil conexões. Ao todo, desde que chegou ao Estado, a empresa informa ter investido R$ 326,7 milhões a partir da adesão do consumidor fortalezense, o que fez a Capital cearense estar entre as três cidades de maior quantidade de vendas da GVT até hoje - rivalizando com Curitiba (PR) e Brasília.

"Quando chegamos em um mercado, a ideia é atender de 30% a 35% da quantidade de clientes deste lugar. Mas o que aconteceu em Fortaleza é que a adesão foi muito grande e logo saturamos a nossa capacidade, por isso estamos investindo para aumentá-la", detalha Renato Pontual, o diretor nacional de vendas da GVT.

De acordo com ele, a adesão do fortalezense, que fez a operadora se tornar líder do mercado de banda larga na Capital em tão pouco tempo - de 2009 até agora -, motivou os investimento em infraestrutura e também em pessoal. Exemplo fidedigno disso, segundo Pontual, é o chamado 'contact center' no Ceará, o único fora do Paraná e o qual passou de 300 funcionários, em 2012, para 2.010 em 2014. "A gente se tornou líder rapidamente e nós ainda conseguimos atrair os clientes de outras operadoras, pois 58% dos clientes que fazem portabilidade optam pela GVT", disse.

Investimento rentáveis

Presente estrategicamente em Fortaleza, Maracanaú e Caucaia - as três cidades mais populosas e de economias mais desenvolvidas do Estado - a GVT ostenta uma média de velocidade de 14,26 Mbps (Megabit por segundo) no Ceará - maior que a média dela no País, de 12,34 Mbps - enquanto a média nacional é de 2,7 Mbps, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A escolha de onde e por onde chegar, conforme detalha Pontual, não é regida por nenhuma regulamentação que obrigue a GVT a cumprir metas de ampliação, o que, de acordo com ele, proporciona mais dinamismo no plano estratégico de "investir onde existe retorno mais rápido".

No Nordeste desde 2008, a operadora expandiu a comercialização do serviço de banda larga para os mercados de mais seis estados e está presente em 23 cidades da região, exceto do Maranhão e do Piauí.

Backbone em estudo

No Ceará, Pontual afirma que "esse ano as cidades cobertas já estão fechadas e apenas estudos estão sendo feitos para 2015".

Os alvos dessas análises, pelo que revelou o diretor de vendas, são Sobral e as três principais cidades do Cariri cearense - Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.

"Estas são duas áreas que estamos estudando com mais afinco, mas existem também os chamados corredores de desenvolvimento. O que liga Fortaleza a Mossoró (no Rio Grande do Norte) também é estudado. Nossa intenção é possuir um backbone (rede de fibra óptica utilizada no fluxo de dados e conexão à internet) entre Natal e Fortaleza", revelou Pontual. O objetivo é cobrir cidades cuja infraestrutura de internet banda larga é precária e, além da carência, possuem demanda latente como Canoa Quebrada e demais cidades turísticas da rota leste do litoral cearense. A estrutura de fibra óptica atual da GVT conta com 33 mil quilômetros e, no Ceará, o trecho ininterrupto vem de Salvador e tem extensão de 8 mil quilômetros pelo Nordeste.

A entrada no Estado é pelo Vale do Jaguaribe, o qual, por conta disso, também deve ser um potencial mercado para a expansão da operadora.

Armando de Oliveira Lima
Repórter

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