Gehringer destaca o novo cenário do emprego no NE

Escrito por Redação ,
Legenda: O administrador de empresas Max Gehringer é um dos palestrantes da 2ª Mostra Senac de Educação Profissional

A região Nordeste tem se desenvolvido bastante, principalmente a partir dos investimentos em infraestrutura, o que possibilitou a geração de vários novos postos de trabalho, fazendo com que o tradicional quadro migratório desenvolvido com as regiões Sul e Sudeste do País se revertesse. Esse é o ponto de vista defendido pelo administrador de empresas, escritor e especialista em gestão empresarial, Max Gehringer, que integra o corpo de palestrantes da 2ª Mostra Senac de Educação Profissional. O evento começou na última terça-feira e vai até amanhã, com horário das 8h30 às 22 h.

"O que tem acontecido nos últimos anos é que a migração Sudeste-Nordeste parou. Está mais atrativo vir para cá, pois lá embaixo está carregado demais. O que eu conhecia sobre Fortaleza era o artesanato, mas esse evento serve para abrir a cabeça das pessoas para as possibilidade que elas podem usar para entrar no mercado", diz Gehringer.

Durante sua palestra, Max também falou sobre a capacitação dos jovens na atualidade. Segundo ele, fazer um curso técnico antes da faculdade pode abrir mais portas e facilitar a inserção do jovem que busca o primeiro emprego e um lugar no mercado de trabalho. O caminho é investir em uma formação mais prática, que possibilite uma maior experiência dentro da área de atividade desejada.

"Eu tenho feito essa sugestão há alguns anos. Existe um vácuo muito grande na área desses cursos técnicos", diz o especialista. Para Gehringer, os cursos superiores ainda chamam mais atenção pelo poder econômico, mas, segundo ele, não passar por um curso técnico pode prejudicar a carreira de um jovem profissional, uma vez que, sem muitas oportunidades, pode chegar ao mercado sem experiência.

A experiência profissional é, segundo Gehringer, um fator muito importante não apenas para inserção do jovem no mercado de trabalho, mas também para manutenção desse jovem na empresa que o contratou. "Muitas vezes o jovem escolhe um curso e nem tem tanto conhecimento sobre o que o profissional dessa área faz. Se a pessoa tem a possibilidade de fazer um curso técnico eu acredito que esse é o caminho. E depois ela pode fazer uma faculdade e, posteriormente uma pós-graduação", opina.

Áreas propícias

Além dos cursos técnicos, Gehringer ainda comentou sobre o potencial de duas áreas propícias para o desenvolvimento da carreira profissional dos jovens. Segundo o administrador, o setor público e os serviços autônomos reservam grandes possibilidades. "Ainda não existem muitas indústrias aqui para que o jovem possa ingressar no mercado. Então dois setores que eu acredito que são destaque por aqui são o de serviços públicos, onde o jovem pode desenvolver uma carreira com mais segurança, e o atividades próprias, para que ele se torne um micro ou pequeno empresário", afirmou.

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