Gasolina cai R$ 0,10 na Capital em duas semanas

A Petrobras anunciou ontem o 7º reajuste desde o dia 30 de junho, aumentando em 1,7% o valor nas refinarias

Escrito por Redação ,

Desde que a Petrobras passou a ajustar o valor médio dos combustíveis diariamente de acordo com o comportamento do mercado internacional, no último dia 30 de junho, os preços da gasolina começaram a dançar em ritmo mais frenético em todo o Brasil. Em Fortaleza, até agora, a mudança está beneficiando o consumidor, que já sente uma economia de cerca de R$ 0,10. A redução, contudo, deve ser menor nos próximo dias, umas vez que a Petrobras anunciou ontem aumento de 1,7% no calor da gasolina nas refinarias, preço que passa a vigorar hoje (14).

Atualmente, existem postos em Fortaleza vendendo o litro da gasolina comum por R$ 3,60, como é o caso do Posto Petrocar III, de bandeira Shell, localizado na Rua Felino Barroso, no bairro de Fátima. Mas ainda há postos vendendo o combustível por R$ 3,69, o que representa uma variação de 2,5%. Grande parte, contudo, vende o litro da gasolina a R$ 3,67. Em relação ao último levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), quando o preço médio em Fortaleza era R$ 3,78, o valor é quase 3% (R$ 0,11) menor.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Ceará (Sindipostos-CE) reforça que o preço dos combustíveis é livre em toda a cadeia do segmento (refinarias, distribuidoras e postos), sendo o valor dos produtos definido por cada agente econômico.

Repasse

Apesar do recuo no preço da gasolina na cidade, o consumidor poderia ser ainda mais beneficiado, caso as reduções fosse repassadas integralmente às bombas de combustíveis.

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Considerando as sete alterações no valor médio anunciadas pela Petrobras, do dia 1º de julho até ontem (13), quando a estatal comunicou alta de 1,7% a partir de hoje, foram cinco quedas e dois aumentos. Se as variações chegassem de forma integral ao consumidor final, o preço médio do litro da gasolina poderia ser encontrado por até R$ 3,55.

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela estatal no dia 30 de junho. A partir da nova orientação, a área técnica de marketing e comercialização da Petrobras poderá realizar ajustes sempre que achar necessário, dentro de uma faixa determinada, de redução de 7% a alta de 7% sobre os preços vigentes dos derivados nas refinarias.

Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. A empresa perdeu participação de mercado no primeiro semestre, por conta de competidores que estavam trazendo combustíveis mais em conta do exterior, aproveitando o momento de recuperação de margens, adotado pela estatal. Com isso, as refinarias da estatal estavam trabalhando com menores patamares de utilização da capacidade, o que significa que o custo de produção de cada litro estava saindo mais caro para a companhia.

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, agora, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Opinião

Política torna mercado mais previsível

Diferentemente do esperado, a Petrobras está promovendo essas alterações em um espaço de tempo bem mais curto. As frequentes oscilações, sendo duas altas e cinco baixas para o preço médio da gasolina, até agora, estão relacionadas, principalmente, ao valor do barril do petróleo no mercado internacional. O aumento de 1,7% dessa quinta-feira tem a ver com a variação do dólar frente ao real com a condenação do ex-presidente Lula. No geral, o consumidor está sendo beneficiado com essa nova política, que dá mais previsibilidade ao mercado.

Bruno Lughetti
Consultor na área de petróleo e gás

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