Gás de cozinha sofre reajuste

Escrito por Redação ,
Legenda: Conforme as informações que as distribuidoras receberam da Petrobras, o aumento de preço será entre 4,2% e 4,6%, dependendo do polo de suprimento

Rio. A Petrobras anunciou, ontem (4), que aumentou, em média, 4,4% o chamado gás de cozinha, referente a um botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Os novos preços entram em vigor hoje (5).

O gás de cozinha começou a ter reajuste trimestral em janeiro deste ano, "para suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico", disse a Petrobras, na época.

"O preço de venda às distribuidoras não é o único determinante do preço final ao consumidor. Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final, que incorpora impostos e repasses dos demais agentes do setor de comercialização, como distribuidores e revendedores", diz, em nota, a Petrobras.

A estatal apontou como motivos o ajuste à alta da cotação internacional do GLP, que subiu 22,9% entre março e junho, período em que a desvalorização do real frente ao dólar foi de 16%. Segundo a Petrobras, o impacto ao consumidor seria maior do que o concedido, mas foi diluído pela combinação entre o período de nove meses usado como base para o cálculo do preço, conforme definido na metodologia anunciada em janeiro, e do mecanismo de compensação que permitirá que eventuais diferenças entre os preços praticados ao longo do ano e o preço internacional sejam ajustadas ao longo do ano seguinte, conciliando a redução da volatilidade dos preços com os resultados da Petrobras.

Comunicado

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Natural Liquefeito (Sindigás), as suas empresas associadas foram comunicadas pela Petrobras, na tarde de ontem, sobre novo reajuste de preço do GLP residencial e também para o GLP empresarial (para embalagens acima de 13 quilos).

Conforme as informações que as distribuidoras receberam da Petrobras, o aumento será entre 4,2% e 4,6%, dependendo do polo de suprimento, tanto para o GLP empresarial quanto para o residencial, válido a partir hoje (5), nas unidades da petroleira.

Com o aumento, o ágio praticado pela Petrobras está em 25,45% em relação ao preço praticado no mercado internacional, e o preço do GLP empresarial vai ficar 57,52% acima do valor cobrado pelo GLP residencial. Na avaliação do Sindigás, esse ágio vem pressionando ainda mais os custos de negócios que têm o GLP entre seus principais insumos, impactando de forma crucial as empresas que operam com uso intensivo de GLP.

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