Faec estuda enviar técnicos para Austrália

As semelhanças climáticas do país com o semiárido cearense ajudariam na troca de conhecimentos

Escrito por Redação ,
Legenda: O treinamento dos técnicos seria mais voltado para a criação de ovinos e caprinos em regiões de clima semiárido
Foto: FOTO: CID BARBOSA

Após participar de uma missão técnica para troca de conhecimentos sobre produção agropecuária na Austrália, realizada em abril deste ano, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) estuda, agora, enviar uma equipe de técnicos para serem treinados naquele país, na área de ovinocaprinocultura. A ideia foi proposta ontem, durante um encontro do presidente da entidade, Flávio Saboya, com representantes do governo australiano e das associações de criadores de ovinos e caprinos do Estado.

"Eles vieram ouvir como foi a primeira experiência que tivemos, que foi toda promovida pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), e agora, é o próprio governo da Austrália que chega com o objetivo de estreitar essa relação com o Estado", esclarece Saboya. Ainda não foram definidas datas e a quantidade de pessoas que seriam enviadas para a capacitação. "Essa foi uma primeira reunião de aproximação, com a equipe de negócios da Austrália, ainda teremos outros encontros", acrescenta o presidente da Faec.

A próxima reunião está prevista para o fim do mês de agosto, segundo Saboya, durante a Exposição Internacional de Esteio, no Rio Grande do Sul, quando os australianos deverão apresentar uma proposta mais definida.

Semelhanças

O aprendizado dos técnicos na Austrália seria voltado para a criação de ovinos e caprinos em regiões de semiárido. "Eu acho uma capacitação extremamente importante porque a Austrália tem muita semelhança com a nossa realidade climática e eles também têm profundo conhecimento em criar animais em regiões de clima semiárido como o nosso", justifica Saboya.

Missão em abril

Em abril deste ano, o presidente da Faec integrou uma comitiva que percorreu, durante dez dias, fazendas e exposições na Austrália e na Nova Zelândia, em uma missão técnica promovida pelo Senar. Na viagem, Flávio Saboya destacou a preocupação dos produtores australianos e neozelandeses em estocar alimentação para os animais e armazenar água em cisternas, devido à pouca quantidade de chuvas que abastece a região.

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