Estrangeiro deve gastar US$ 200 mi nas Olimpíadas

O valor é menor que os US$ 900 milhões de receitas adicionais registrados durante a Copa, em 2014

Escrito por Redação ,
Legenda: O evento ocorrerá de 5 a 21 de agosto. A estimativa do BC leva em consideração a entrada de recursos desde o fim de julho até início de setembro

Brasília. As receitas adicionais de estrangeiros em viagem no Brasil durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 devem ficar em cerca de US$ 200 milhões, de acordo com projeção do Banco Central (BC), divulgada ontem (26). A estimativa é menor que os US$ 900 milhões de receitas adicionais registrados durante a Copa do Mundo, em 2014.

A Olimpíada do Rio de Janeiro será realizada de 5 a 21 de agosto. A estimativa do Banco Central leva em consideração a entrada de recursos desde o fim de julho até início de setembro. Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, a projeção foi feita com base nas últimas três Olimpíadas realizadas em outros países e levam em consideração o dinheiro que será gasto tanto por delegações quanto por turistas.

Túlio Maciel evitou fazer uma avaliação sobre o volume de gastos de estrangeiros durante o evento esportivo, mas destacou que haverá ganhos de longo prazo para o Brasil, como a exposição do Brasil ao mundo e da vocação turística do Rio de Janeiro, sede dos jogos.

Despesas em viagens

Em junho, os gastos de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 402 milhões e acumularam US$ 3,156 bilhões, no primeiro semestre. Nos seis meses do ano, houve aumento de 7,2% nessas receitas, na comparação com o primeiro semestre de 2015. Nos dados preliminares deste mês, as receitas somam US$ 347 milhões até a última sexta-feira (22).

Já os gastos de brasileiros no exterior são bem maiores: US$ 1,102 bilhão, neste mês, até o dia 22, US$ 1,372 bilhão, em junho, e US$ 6,532 bilhões, no primeiro semestre deste ano.

Na comparação com o primeiro semestre de 2015, houve queda de 34,29% nos gastos de brasileiros em viagem ao exterior. Segundo Maciel, essa redução é explicada pelo dólar mais caro e também pela queda da renda, gerada pela retração da economia brasileira. Ele lembrou que embora o dólar venha caindo desde fevereiro, ainda está mais caro do que no ano passado.

Projeção

Segundo Maciel, a valorização do real nos últimos meses e os sinais de estabilização da atividade econômica levam a uma previsão de que o ajuste das contas externas venha em ritmo mais lento no segundo semestre. No primeiro mês do novo semestre, julho, o déficit em conta corrente deve alcançar US$ 4,3 bilhões.

De acordo com o técnico, no déficit até junho foi observado um ajuste significativo nas contas, motivado exatamente por um câmbio mais desvalorizado e pela recessão econômica.

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