Estado é destaque do N/NE em ranking nacional de gestão

O Estado do Ceará é o segundo melhor do Norte-Nordeste no Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), elaborado pela Macroplan. No ranking nacional, relativo ao ano de 2015-2016, o Estado está na 13ª posição, duas a mais que em 2014, quando era 15º no País. Em comparação com os dados de 2005, o Ceará avançou quatro posições. No Norte-Nordeste, somente Pernambuco está à frente do Estado, na 12ª colocação.

A nota cearense avançou 0,73%, saindo de 0,549 em 2014 para 0,553 em 2015. Em 2005, a nota do Ceará era de 0,400 pontos. Em dez anos, a diferença é de 38,25%. O avanço de posições do Estado já chega a quatro casas.

A situação fiscal do Ceará foi destaque no Brasil, conforme a pesquisa. As receitas brutas de arrecadação própria em 2016 ante 2015 tiveram crescimento de 7,5%, o terceiro maior do País no período, o que ajudou o Ceará a ter destaque no estudo. As receitas de transferência cresceram 6,2%, o 11º maior avanço dentre todos os 27 estados.

Em relação às despesas, o Ceará também apresentou bons números de redução. O Estado marcou a 15ª maior queda de gastos com pessoal em todo o Brasil, com -2,9%. Ainda, foram -4,5% no ativo e -0,9% com inativos e pensionistas, rendendo a 13ª e 14ª maior queda, respectivamente, entre 2015 e 2016, na comparação com as 27 Unidades Federativas do Brasil. No desenvolvimento econômico, o Ceará avançou três posições, de 2014 para 2015, e chegou ao 17º posto no País. É o melhor resultado de um Estado do Nordeste neste quesito do ranking do IDGE.

Já no desenvolvimento social, o Ceará se destacou, junto com Alagoas, Paraíba e Bahia, como o maior ganho, com três posições. O Estado saltou para a 19ª colocação, com 0,510 pontos no quesito. É o terceiro melhor resultado do Nordeste, atrás de Sergipe (17º - 0,547 pontos) e Rio Grande do Norte (18º - 0,537 pontos).

Em educação, o Ceará é o destaque nacional na década (2005-2015). No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) Ensino Fundamental I, o avanço foi de 2,7%, e no Fundamental II, 1,7%. No quesito, o salto foi de três posições em dez anos, chegando a 17º. Negativamente, o Ceará surge como o Estado que mais aumentou o número de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos entre 2014 e 2015 que não estudam, nem trabalham e nem procuram emprego. Foram 2,9%, fazendo cair seis posições em um único ano. De 2005 a 2014, havia sido apenas uma posição perdida.

Indicadores

O levantamento abrange 28 indicadores, agrupados em nove áreas: condições de vida, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, educação, infraestrutura, institucional, juventude, saúde e segurança.

Quem lidera o ranking nacional é São Paulo, com 0,846 pontos. Quanto mais próximo de 1, melhor. Em seguida, destacam-se Santa Catarina e Brasília. Nas últimas posições estão Piauí, Alagoas e Maranhão, último, com 0,432 pontos. O estudo identifica avanços significativos na última década, considerando todos os estados do País. Porém, indica um retrocesso na passagem entre 2014 e 2015. A avaliação da Macroplan é que o período entre 2015 e 2018 será de perdas.