Estado busca garantir mais recursos para o turismo
Em busca de novas formas de financiamento para o setor no Estado, o secretário de Turismo Arialdo Pinho anunciou ontem que um projeto para a criação de um fundo estadual de desenvolvimento do turismo deverá ser encaminhado pelo governador Camilo Santana à Assembleia na próxima semana.
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A ideia é que tanto a receita gerada pelos equipamentos turísticos estaduais, como o Centro de Eventos e o Acquario Ceará, sejam redirecionados ao orçamento da pasta. "Hoje, todos esses recursos vão direto para o caixa geral do Estado. A ideia é que a renda que tiver o Centro de Eventos, por exemplo, quer seja concessão ou não, vá para o fundo do turismo", apontou.
O fundo seria responsável por financiar o trabalho de promoção do Estado, infraestrutura, gestão, pesquisa e planejamento. "É um trabalho para mudar essa coisa de sazonalidade, para a gente ter dinheiro para poder complementar tanto em eventos como no próprio turismo de lazer. É para promoção, investimento, custeio e fiscalização", explicou o secretário.
Ele apontou que também podem ser feitos investimentos nos próprios hotéis para melhorar a qualidade do serviço aos visitantes. "Um hotel que não tenha água quente em plena Praia de Iracema? Qual hotel de classe D que não tem?", pontuou. Os recursos seriam investidos ainda na capacitação de escolas de hotelaria e gastronomia, na gestão de parques, áreas de interesse turístico e missões diplomáticas.
Além da receita oriunda de equipamentos públicos, o projeto também prevê que o fundo receba recursos do Tesouro Nacional, de convênios, da receita estadual, da contribuição de parceiros e do Ministério do Turismo (MTur). Segundo Arialdo, o Mtur teria oferecido ao Ceará US$ 500 milhões que não foram aplicados no País, à contrapartida de 40%. "Eu acho alto. Estamos negociando para, através do fundo, ele pagar metade dessa contrapartida. Aí estamos pedindo US$ 200 milhões para desenvolvermos novos projetos - com obrigação de pagarmos US$ 20 milhões e o MTur daria os outros US$ 20 milhões".